25 de fevereiro de 2010

Sala De A(rrogância)ula


(...) Ouve-se a campainha e gera-se somente uma pressão no ar, reflectida pelos vários suspiros de insatisfação e impaciência a meu redor.
Por dias, sinto apenas que estou de corpo presente e não de alma, a vontade não é igual, o querer entrar na sala de aula com um sorriso e viver a adrenalina de aprender algo novo foi-se desgastando, corroendo-se ao longo dos dias. Entro na sala de aula de ar gasto e deteriorado. Lá dentro olham-me de cima a baixo com um olhar estranho, desusado e esquisito como se fosse ridicula, como se me distinguissem por ser... eu mesma! A cada dia que decorre o sentimento agrava-se, sentindo-me a sufocar, a querer libertar-me na força de um grito e fugir, fugir para onde pudesse respirar e sentir-me bem. É um ambiente de pressão, de pânico e de raiva e aquela sala de aula assemelhasse mais a uma sala de concentração! É frustante olhar para certos e determinados elementos e sentir apenas nojo, não só pelo que fazem, mas pelo que dizem. É tipico daquelas pessoas que se sentem bem da vida quando causam sarilhos, quando espesinham, queimam, insultam e julgam os outros, achando-se superiores! Sinto raiva de muitos, dessa gente insuportável e ignorante.
Já destruiram a minha boa disposição e deram cabo da minha gentileza e paciência, mas não me vou deixar controlar mais. Vou correr atrás do meus objectivos, do meu único sonho e nada me vai fazer fracassar pois após cada dia luto em busca de ser alguém melhor, de aumentar as minhas capacidades e diminuir os meus defeitos.

Falam demais, amam raramente e odeiam frenquentemente.

(Tenho saudades da minha antiga turma :'$$)

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