10 de março de 2011

Fico por inúmeros momentos numa autêntica pasmaceira a supor a realidade e em desejar tanto o querer voltar atrás aos dias "sem fim", á alegria contagiante e á união indestrutível que se sentia a cada bater do coração, que se lia entre linhas nos nossos próprios olhos e que se transmitia em cada movimento, em cada gesto único. Agora, muitos desses dias tornaram-se umas memórias emolduradas em insignificantes pedaços de madeira e vidro ou mesmo em pastas no disco rígido.
Começo a ganhar a verdadeira perspectiva do mudar, do crescer, mas será que implica tanto desequilíbrio entre tudo, entre nós? Estás cada uma para seu lado com ambas as vidas estáveis e mesmo que haja um singular contacto nada é o mesmo mas sente-se cá dentro o enorme impacto, a enorme importância que ainda tens, que me deste e mesmo á distância me dás. Sinto falta de todos os momentos, todas as palavras, as expressões, os gestos, o carinho, a empatia, os risos, os choros, o medo, o desabafo, os olhares de cumplicidade, a intimidade de momentos, as músicas, as vozes, as caras de espanto, as lágrimas a escorrer, o toque, o desespero, a ansiedade, a alegria, os abraços que trocámos que nunca irão ser esquecidos; os “nãos, os “sins”, as aulas, as longas conversas, o silêncio, as separações e as conciliações, a troca de emoções, as broncas, as gargalhadas, as piadas com graça e sem graça e os sentimentos de preocupação! Transformás-te todos os meus pequenos momentos em grandes instantes, foste a luz que apareceu quando a minha vida estava a inundar-se de escuridão, fostes quem me fiz sentir melhor, que fizeste tudo por mim, que riste e choraste comigo, que sentiste a dor, que partilhaste carinho! Mas não quero falar no passado, (apesar de sentir imensa falta dele) quero apenas desejar-te o melhor! Lembra-te que sempre possuis-te muito mais valor do que qualquer outra coisa e que apesar de tudo desejo-te a felicidade mais pura e sincera que existe, muita alegria, muito amor, amigos capazes de te ajudar mais do que eu um dia te ajudei, lembra-te que sempre estive aqui, em dias tristes ou felizes apesar da nossa distância. Peço-te desculpa se algum dia te feri ou se contribui para a nossa “separação”, quero que saibas que me dói imenso ver-nos tão “longe” e o que queria mais era voltar atrás, aos melhores anos que tive contigo e com a Rita!
(Podes-me achar ridícula, mas tenho de te dizer que não achei minimamente correcto a maneira como me falaste na quarta e que te garanto que a única coisa que me apetecia era desaparecer porque nunca lidei com aquela “frieza”, pois tu nunca a tiveste comigo!)
Metendo isso atrás das costas como faço com tudo, só te desejo a melhor vida de sempre e quero que saibas que te amo desde à 6 anos atrás até ao fim da minha vida. ♥ parabéns !

AS.