24 de outubro de 2011

Para aqueles dias em que nos sentimos como um erro,
Aquelas vezes em que amas o que odeias,
De alguma forma,
Estamos a ir em frente.
Pelas noites em que eu não pude estar lá,
Tornei mais difícil saber que sabes
Que de alguma forma,
Estamos a ir em frente.
Há tantas guerras em que lutamos,
Há tantas coisas que não somos,
Mas com o que temos,
Prometo-te que,
Estamos a ir em frente.
Por todos os planos que fizemos,
Não há bandeira que eu não hastearia
Não me importa se ficarmos em baixo,
Eu afundava-nos até podermos nadar,
Estamos a ir em frente.
Por aquelas dúvidas que nos rodeiam,
Por aquelas vidas que estão no limite,
Nós sabemos,
Que não somos o que vimos.

(...)

Teremos os dias que nos vamos magoar,
E teremos as cicatrizes para provar,
Teremos os laços que guardamos,
E teremos a coragem de mantê-los.

Por todas as vezes que paramos,
Por todas as coisas que eu não sou,
Colocamos um pé na frente do outro,
E mexemos como se não tivéssemos opção,
Nós iremos quando formos,
Estamos a ir em frente.

(...)

One Republic - Marchin' On

23 de outubro de 2011

- "e se eu te desse a minha vida, o que farias com ela?"
- "faria dela a vida mais feliz do mundo!"

(parei por momentos a reler uma simples frase, soou-me de modo tão perfeito que quis repetir a sensação. sorri.)

21 de outubro de 2011

sempre foste tu: tu e os teus frios olhos azuis; tu e o passado escondido nos cantos dos teus sorrisos; tu e tua capacidade de me fazer acreditar em tudo, o único que sempre transformou a minha vida num sitio melhor; tu, com teu mar de veias que formam mapas e estradas sob os teus braços morenos e que me orientam onde pretendo ir; tu e a tua maneira suave e simples de encaixares a tua mão na minha; tu, com teu cabelo quente de tom acobreado que te ilumina o rosto e atrai o meu toque; tu e a fragrância pura da tua pele que me deixa tonta e desorientada, que deixa um aperto no canto do meu peito e no estomâgo; tu com as tuas largas mãos arqueadas que encaixam perfeitamente nas minhas costas e me aproximam; tu e a forma como os teus dedos delicados me percorrem a face lentamente; tu com a tua respiração enevoada e quente que provoca arrepios na minha pele; tu e a maneira como sussurras perto da minha orelha fazendo-me sonhar. te esses olhos profundos e silenciosos, esses olhares secretos que compartilhas e as palavras terrivelmente silenciosas que trocas; tu com a tua mente perturbada e difícil com todos os caminhos perigosos que arriscaste; tu com teu carinho ocultado, as palavras escondidas e o teu segundo eu que proteges arduamente; tu e a maneira como a minha cabeça se encaixa no teu ombro; tu e a facilidade que a nossa vida se cruza;
tu com a tua mão no meu pescoço enquanto tento fugir do que sinto por ti; tu, com a tua voz que quero ouvir todos os dias; tu com a tranquilidade de encarares as coisas, de olhares para mim quando não havia nenhuma razão para olhar, tu e eu que continuamos a ser puxados por cordas, muitas vezes dispostos a deixar tudo do outro lado. tu e a forma de amares o modo como me fazes aproximar.

tu e a tua forma de me fazeres apaixonar por ti 1001 vezes por dia.


(inspirado)

17 de outubro de 2011


odeio o facto de que ainda posso e consigo perdoar-te, não importa o que tenhas dito, ou dizes; o que tenhas feito ou fazes e isso só porque ainda te quero na minha vida. o facto de ainda sorrir sempre que o teu nome aparece no meu ecrã do telemóvel, o facto de todas as tuas palavras me manterem acordada toda a noite, o facto do teu beijo me fazer amar-te como no primeiro dia, o facto de que todas as conversas se repetirem no meu pensamento. odeio o facto de ainda sonhar contigo, o facto de que me podes esmagar com as tuas atitudes impensáveis e depois agir como se nada tivesse acontecido. mas o que mais me dói é eu suportar tudo isto por ti e tu nem sequer sabes que ainda significas o mundo para mim.

11 de outubro de 2011

a coisa é que, acostumei-me a não te ter por perto assim como me acostumei á dor em mim. eu sinto-a, eu oiço-a, eu vejo-a e sou tão controlada por ela que nem me preocupei mais em reunir tudo para derrubá-la; não é que não eu saiba que vai ajudar mas porque tem crescido como se fosse parte de mim, colada a cada célulaa dor já é parte de mim e já é tão habitual que ninguém a consegue ver, nem mesmo nos meus olhos; sinto-me mal, sinto-me bem, gosto de ti e quero-te comigo, não quero.
o que é pior? sentir absolutamente nada ou sentir tudo de uma vez? já nem sei.

10 de outubro de 2011

não quero ver coisas onde elas não existem mas ainda tenho a certeza do que vejo em ti, tenho a perfeita noção do modo com que me olhas e o que o teu olhar significa comigo. quando olhas para mim o meu coração ainda sorri, ainda bate insaciavelmente e faz-me sentir perto de ti e eu sei que o teu também. falas-me como se nunca tivesse sido nada para ti, brincas comigo como se nada tivesse acontecido mas esses olhos mostram-se sempre o contrário e eu tenho a certeza que quando me afundo aí dás-me a ver ainda o que na realidade ainda sentes sem sequer dizeres uma única palavra.
eu ainda te sei ler os olhos e mais que isso, leio o teu coração.

7 de outubro de 2011


"achas que ele é capaz?!"

eu sei lá se ele é capaz ou não e nem quero saber, estou perfeitamente de consciência tranquila e limpa; não há nada que tenha de me preocupar (aliás, nunca sequer me deveria ter preocupado); estou bem e claro que me faz impressão pensar em certas e determinadas coisas e sim, claro que também tenho medo que ele o faça.
eu sei muito bem o que lhe dei e o modo como me entreguei e acredita que nunca ninguém irá (seja quem for) fazê-lo do mesmo modo que eu; ele bem se está a marimbar para isso, já nem sequer lhe deve passar pela cabeça a importância dos nossos momentos mas deixa porque ele vai-se arrepender e quem se vai rir da figura dele sou eu, do facto de ele se atirar de cabeça ás coisas tão rapidamente.
ele não se sabe respeitar a si mesmo, porque raio hei-de eu pensar que ele me vai respeitar a mim quando raramente foi a vez que ele o fez? quero que ele vá passear e se divirta enquanto pode porque daqui a uns tempos vai chorar, e muito.

(momentos de irritação, parte 1)

6 de outubro de 2011

é difícil conformar-me que te vou realmente ver; apercebo-me disso todas as manhãs quando estou prestes a sair de casa. quando abro a porta lentamente, olho para a minha mão e lembro-me de imediato quantas vezes a tua mão também ali tocou. saio para a rua e respiro-te, como se fosses o ar que me rodeia.
sobrevivo assim, longe de ti, contigo a viver na minha memória e a marcares a tua presença no sabor agradável do vento e é por isso que mal suporto ver-te todos os dias pois mesmo a metros de distância de mim, sinto-te como se tivesses (mais uma vez) os braços á minha volta.

estou bem, mas não consigo estar feliz.

5 de outubro de 2011

acordei á horas atrás, sonhei outra vez contigo e despertei de imediato. antes de mais quero que saibas que cresci como pessoa e acima de tudo (apesar do que me fizeste) me tornaste mais forte. sempre te vi como o melhor da minha vida, como a pessoa que iria ficar todos os dias comigo, temos tanto para lembrar, uma história para contar, um amor que nunca irá morrer mas está na altura de relembrarmos isso como uma das melhores memórias e termos ambos cada um a sua vida. não te sei ainda dizer se estou feliz ou não, mas a verdade é que me dói muito ver a maneira como ultrapassas-te tudo tão bem, dói por tudo o que á semanas atrás me disseste, tudo o que não passou de uma perfeita mentira. sempre te pedi a verdade, mesmo que me matasse por dentro mas passou.
é difícil ver-te todos os dias, conviver contigo, olhar para determinado lugar e saber que não passa disso mesmo, acordar sem uma mensagem tua, adormecer sem o teu telefonema, passar as tardes sozinha em casa, ir ás compras sem a tua opinião, ultrapassar os maus momentos sem o teu abraço, divertir-me sem estares lá, é difícil não te vou mentir! gostaria de dizer-te que te apoio mas a verdade é que não me sinto confortável para isso, no entanto espero que se precisares de alguma opinião contes comigo porque sabes que se calhar sou das poucas que estou lá quando estás mal e das poucas que te meto o ego em cima. sei que estás feliz agora com outra pessoa e não tenho nada contra isso (nem tenho de) mas por amor de Deus não faças mais ninguém sofrer, se realmente gostas dela (não digo que a amas porque acho isso totalmente impossível tão cedo) não cometas a carrada de erros que um dia cometes-te entre nós porque tu não tens ideia o quanto isso custa. quero que saibas também que não me faz impressão saber que namoras outra vez mas faz-me o simples favor de deixar passar mais uns tempos e respeitar-me enquanto não "recuperar" disto senão vejo-me obrigada a apagar-te de tudo o quanto é sitio e eu não quero isso (espero que entendas o que quero dizer). digo-te muito sinceramente, o que sinto por ti também já está a desaparecer pelo simples facto de ver-me obrigada a fazer a minha vida sem ti e por também estar cansada mentalmente de lutar por uma coisa que não irá acontecer mas claro que muitas vezes penso em ti e sinto a tua falta, assim como não me arrependo de tudo o que vivi ao teu lado (porque sabes que o voltaria a repetir), muitas vezes sinto aquelas sensações estranhas no estômago que ninguém sabe explicar sempre que vejo uma foto nossa (não apaguei nem pretendo apagar nada nosso), muitas vezes queria um simples abraço teu e contenho-me para não to dar e sei que ainda gosto de ti, sim gosto, muito! mas espero que o restante amor que tenho por ti e que não chegou para te oferecer todo que se torne em amizade, das melhores espero e que um dia mais tarde (quem sabe) estarei contigo outra vez. mas vou evitar ao máximo pensar assim agora. acima de tudo sei o que vou fazer da minha vida depois disto e vai ser mesmo VIVER apenas, lutar pelo que quero e fazer o que gosto; estar com as pessoas que amo (e estarás sempre presente nesse grupo, sempre tiveste lembra-te disso pois nunca meti ninguém á frente de ti apesar de um dia ter-te dito o contrário quero que saibas agora que não foi a verdade), mais uma coisa que quero que saibas foi que olho para trás e acho insuficiente tudo aquilo que te dei, que se soubesse que seria assim teria aproveitado cada segundo bem melhor e sei bem que isso não passa de uma "paranóia" minha pois até acho que tu reconheces que fiz demais por ti. e não tenhas medo de falar comigo seja sobre o que for, porque se estás com receio de eu levar a mal, chorar, sofrer acredita que nunca mais farei isso (como te disse, sinto-me forte) mas acima de tudo porque valorizo a sinceridade e quero um dia recuperar a confiança contigo. acho que a melhor maneira de isso acontecer é ganhares coragem e dizeres-me o que sentes, seja de mau para mim ou não mas ao menos que sejas sincero. parece impressionante, mesmo depois de ler e reler tudo o que escrevi até agora tenho o feeling que deixei algo por dizer. enfim, acima de tudo e para por fim nisto que já estou á horas a fazer frases quero que sejas feliz, que contes comigo SEMPRE e para me deixares espancar-te até á morte quando quiser (just kidding), E QUE FALES COMIGO POR AMOR DE DEUS quando precisares de alguma opinião que eu farei o mesmo. eu não sou uma segunda opção, de ninguém portanto espero que respeites isso. houve uma coisa que sempre te disse enquanto namorámos, que se algum dia terminássemos teria de ser pelo consentimento dos dois, quando os dois sentissem essa obrigação e essa vontade e que mesmo assim ficássemos amigos, bons amigos! bem, para mim terminou ontem e estou disposta a ser tua amiga, boa amiga como te disse mesmo que isso me custe um pouco e desculpa se não aguento sem falar contigo (ás vezes é a falta de hábito).
gosto imenso de ti, nunca te esqueças nem disso nem o que um dia criámos os dois juntos, não te esqueças do nosso mundo que chegou a ser tão perfeito, tão único. farás sempre parte de mim, SERÁS sempre parte mim e se há coisa que já te disse, nada do que temos e que um dia me deste eu irei apagar. sempre ouvi dizer "não fiques triste porque acabou, sorri porque aconteceu" e eu nunca deveria arrepender-me do que um dia me fez TÃO feliz não é verdade?
(nossa fotografia)
cinco de Outubro.

4 de outubro de 2011


continuo á espera do dia em que "assentes os pés na terra", que caias na realidade e penses de modo correcto mas preferes continuar a viver numa farsa, numa ilusão e a fazer com que os outros a vivam juntamente contigo: empurras as pessoas para o fundo e nem te apercebes disso. se fosses sincero e humilde não terias ninguém ao teu lado não é assim que pensas? se for essa a explicação e o teu pensamento, é por isso que vives e ages como se fosses perfeito, como se não enganasses ou cometesses erros com ninguém e apenas te aproximas de quem mal te conhece, para começares de novo, para mostrar um lado que não é teu; afastas-te dos teus amigos verdadeiros porque te julgam e apontam o dedo pelas tuas atitudes e ás vezes não os suportas ouvir.
vejo-nos como "era uma vez" pois é escasso o que ainda vejo de bonito em ti, o que um dia me fez aproximar e apaixonar-me; não tens a noção do quanto me fazes sofrer com a tua indiferença, o teu silêncio, a tua ausência mas um dia chegarás lá, um dia vais entender o que é perder o melhor da tua vida e pode ser que aí me valorizes tanto quanto eu te valorizei.

(12h, aula de psicologia: tive necessidade de escrever depois do que vi á minha frente; meia hora depois de escrever isto a professora perguntou á turma "porque é que as pessoas escondem a verdade ás outras, até mesmo aqueles que amam?", bem parece que estava a adivinhar.)

3 de outubro de 2011

há dias em que basta escutar somente um pequeno ruído para entrar em pânico e tudo o que vivi naquele dia me invadir a mente e "sufocar-me o coração".
lembro-me de tudo ao pormenor como se fosse hoje: tinha saído de casa após uma violenta discussão entre os meus pais, estava a precisar de espaço, de apanhar ar. atravessei a rua e dirigi-me a um pequeno parque em frente; sentei-me num aborrecido banco de madeira gasta e encostei a cabeça para trás para contemplar o amplo e tranquilo céu azul quando acabei por adormecer. ainda ecoa na minha cabeça o estrondoso barulho que me despertou violentamente e me obrigou  fugir desesperadamente. um momento de plena tranquilidade tornou-se num autêntico cenário de terror: ouviam-se explosões ensurdecedoras, gritos aterrorizadores, as pessoas corriam sem rumo para se refugiarem, outras morriam sem perdão e inocentemente.
lembro-me de correr "lavada" em lágrimas em direcção a casa, com receio de não chegar, da morte, de nunca mais ver a minha família e isso fez crescer em mim um sentimento de ódio, de vergonha por um pátria que não soube evitar aquela atitude selvagem, que não soube evitar aqueles corpos inocentes ensopados em sangue e o sofrimento de muitos a lutar pela sua sobrevivência, sentimento de medo.
hoje, apesar de agradecer por ter escapado juntamente com a minha família sei que aprendi naquele dia a valorizar a vida e estar naquela situação tornou-me mais forte e segura, assim como também serviu para "abrir" os olhos a todos os que estiveram presentes a evitar o perigo a que estamos sujeitos.

(composição de português sobre a guerra)