27 de dezembro de 2012


'eles amam-se. todo o mundo sabe mas ninguém acredita. não conseguem ficar juntos. simples. complexo. quase impossivel. ele continua a viver a sua vidinha idealizada e ela continua a idealizar a sua vidinha. alguns dizem que jamais dará certo. outros dizem que foram feitos um para o outro. eles preferem não dizer nada. preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. ela quer atitudes, ele quer a ela. todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. e assim vão vivendo até quando a vontade de estar um com o outro for maior do que os outros. enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. e mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. é fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. e todos os dias eles se perguntam o que fazer. e imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. e que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.'

traduzido para português.
Tati Bernardi

12 de dezembro de 2012

'eu gosto de você, mas sei lá. sei lá porque a gente parece que nunca vai dar certo (e sinceramente, talvez nunca dê certo mesmo). sei lá porque a gente é confusão demais, é briga demais, é gritaria demais. sei lá porque você não me passa ...
segurança nenhuma. sei lá porque diferente de todo mundo, a gente é melhor separado. sei lá porque por mais que sejamos dois apaixonados e coisa e tal, não nascemos pra ficar de nhem nhem nhem eternamente e trocando declarações de amor de tempos em tempos. sei lá porque você tem esse teu maldito jeito brusco que afasta todo mundo e parece não ligar pra ninguém. sei lá porque a gente fala demais, afirma demais, mas nunca saímos desse meio caminho que a gente se enfiou sabe-se depois de qual briga. sei lá porque não assumimos o que sentimos e de repente parece que nenhum dos dois sente nada. sei lá porque você sempre me machuca de um jeito imbecil e nunca percebe porque tem um ego enorme e não admite que comete falhas. sei lá porque você é todo complicado, todo cheio de si, todo com manias que eu nunca suportarei, todo você. sei lá porque eu gosto de você, eu gosto mesmo de você, e quando eu gosto de alguém que aparentemente também gosta de mim, as coisas tendem a dar errado. e sei lá porque eu não sei o que vai ser da gente, porque o nosso futuro é tão… sei lá.'

10 de dezembro de 2012

querida avó,

sei que provavelmente já não irei a tempo de te ler isto ...
olho para o passado e poucas lembranças tenho de muitos dos nossos momentos juntas e no entanto quase todos os dias estava ao teu lado e hoje sei que mesmo assim, todos esses dias foram escassos. és uma segunda mãe que sempre me protegeu, olhou por mim e me educou, sempre alegre e viva e agora custa-me olhar para ti numa cama de hospital de olhos fechados, rosto sério e pálido e com o coração a abrandar a cada hora que passa. sou-te sincera, pensava por tudo que seria bem mais fácil ultrapassar tudo isto mas ver-te assim deixa-me doente e depois olho para a minha mãe e vejo-a destroçada a pensar no que poderá acontecer em breve. estou arrependida de não conseguir ver-te hoje mas estava tal confusão no hospital que nem estacionamento se arranjou e não houve hipótese sequer de te dar um beijo. ainda me lembro de todos os domingos me perguntares quando iria casar, que querias estar lá e ver-me de branco no dia mais feliz da minha vida e acredita que se pudesse casar-me-ia já amanhã só por ti. chorei baba e ranho durante a tarde após a chamada da minha mãe a dizer para não ter esperanças e para que não me bastasse, agora ter que saber que estás ligada a uns meros aparelhos. estas últimas semanas mal peguei no telemóvel, não quero falar com ninguém, não tenho força sequer para responder, muitos menos fingir que está tudo bem. para além disso e de mim, tenho medo pela minha mãe, ela foi a única que verdadeiramente se preocupou e esteve contigo a 100% da sua vida, a única que sempre cuidou de ti, a única que continua a rezar imenso para que melhores e não sei o que será dela se partires mas já lutaste tanto por estares estes anos todos ao nosso lado que não sei se as tuas forças chegarão para mais uns dias.
aguenta-te firme avó, amanhã completas 85 anos de vida e com certeza não será o teu último aniversário <3 p="p">

3 de dezembro de 2012


'agarra-me. puxa-me para ti e agarra-me com força, com toda a tua força. se alguma vez te pedir para me largares, seja porque motivo for, agarra-me ainda com mais força e mais garra. agora beija-me. se te negar um beijo, se te virar a cara, segura-a e beija-me com todo o teu amor. se desviar o olhar e disser que não acredito, diz mais uma vez até eu acreditar. depois beija-me, beija-me outra vez, até eu sentir tudo o que tens dentro de ti. com carinho. se te pedir que vás, não vás, abraça-me e beija-me outra vez, isso fará com que me sinta melhor. sempre que eu fugir, corre atrás de mim. não me deixes ir. não me abandones. não me deixes sozinha. não me largues. não me magoes. não me maltrates. não fujas. não desistas. não deixes de me querer. não deixes de sonhar. não deixes de acreditar. mesmo que eu te diga para o deixares de fazer. mesmo que digam para o deixares de fazer.'

1 de dezembro de 2012

então mas se estás mal não percas o teu tempo comigo. eu não sou nenhum corpo que encontraste por aí na noite, não sou nenhuma da tua lista de contactos com quem te encontras e ela despe-se na tua frente sem pedires nada, eu não sou nenhuma amiga ou colega tua que faz papel de amante. eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. eu não preciso do teu dinheiro, muito menos do teu carro ou sequer da tua casa. sabes o que eu preciso? dos teus braços fortes, das tuas mãos quentes, o teu colo para me deitar, do teu embalo para adormecer. dos teus conselhos quando o meu lado de menina não souber o que fazer do futuro. ouve, eu não te vou pedir nada. não te vou cobrar aquilo que não me podes dar. mas uma coisa, eu exijo. quando estiveres comigo, é bom que sejas tu mesmo em corpo e alma, ás vezes mais alma, outras vezes mais corpo. mas por favor, não me apareças pela metade. não me venhas com falsas promessas. eu não me iludo com presentes caros. não amor, eu não estou à venda. eu não quero saber onde moras. desde que saibas o caminho da minha casa. eu não quero saber quanto tu ou os teus pais ganham. quero é saber se ganhas o dia quando estás comigo (…) ou me queres e vens, ou não me queres e vais passear, ter com sei lá, as tuas outras opções que nunca passaram disso mesmo. mas avisa-me logo para que eu possa desocupar o coração.

(inspirado e adaptado)

28 de novembro de 2012

e lá estou eu aqui, encontro-me a pensar em como seria estar a teu lado agora, em como seria dormir contigo com os teus braços á minha volta, com a tua cara junto á minha e a sentir o teu calor por entre os lençóis. em como seria ouvir a tua respiração adormecida e cheirar o teu perfume pelo ar do quarto. depois acordar a meio da noite e olhar pela janela, reparar em como és perfeito com a luz da lua reflectido em ti e distrair-me a olhar para todos os teus belos traços, para a tua pele morena, o teu ligeiro sorriso e as tuas mãos pousadas sobre a minha epiderme. e voltava a adormecer aquecida em nós sorrindo por te ter aqui. este pequeno coração acelera e mesmo a teu lado consigo sonhar connosco, a ter o meu melhor sonho até o sol me bater na cara e me estares a acordar com um beijo de bom dia. abro os olhos e lá estás tu, sorrindo. mergulho no teu olhar, sorrio também, abraço-te e só me apetece voltar a adormecer. então, até amanhã !

23 de novembro de 2012

"(...)
 o que adianta ser atraente se não pode conquistar uma mulher? se depois de meia hora de conversa se torna mais aborrecido a cada palavra que ele fala? não me adianta de nada, o tipo que não me vai acrescentar nada. há mulheres que até perdem uns cinco minutos, mas eu não encaro.
existem os irresponsáveis e imaturos, tem uns que são até bonitos e inteligentes mas não usam o seu cérebro adequadamente. acham que a vida é só festa e que tem muito pela frente e acabam por deixar o tempo passar e deixam também as mulheres de verdade os passarem para trás. não sabem o que querem da vida, tornam-se inseguros e normalmente, fazem asneiras. irresponsabilidade e imaturidade: a combinação perfeita dos homens que nós queremos bem distantes de nós.
existem os sem noção: aquele tipo que morres de rir quanto estás junto dele, mas que normalmente só queres como amigo. nem preciso de completar mais nada.
existem os chatos: que agarram demais no teu pé, sensíveis demais e dependentes demais, parecem que nunca tiveram uma mulher na vida mas é claro que não tiveram, pelo menos não mulheres de verdade.
existem os mentirosos e querem saber? homens não sabem mentir ou a mulher é o típico mulher tapada, ou o mais normal: ela faz-se de idiota e costuma rir da cara do mentiroso (tipo: ‘e ele pensa que engana...’), pelo menos, eu acho mais normal, porque é o típico de mulher fatal: morrer por dentro de rir dele e sair linda e de coitada no final da história... e ainda, dar uma lição no contador de histórias.
e todos, realmente todos os homens traem. são realmente galinhas, eles são desonestos. não existe um desta raça que se salve. claro, existem aqueles que controlam as suas vontades, mas não deixam de colocá-las em prática. portanto, aqueles que não conseguem controlar as suas vontades tornam-se inseguros. conselho? sai fora dessa, homens inseguros vão sempre ser dependentes demais.
além disso, hoje em dia as pessoas não sabem trair. os homens não traem somente por vontade, mas também para mostrar para os amigos que ele é o ‘grande predador da área’. e então, eles faltam com respeito, traem na frente de todos e sentes-te humilhada. sabes qual deveria ser o certo? traires também, mas bem escondido e aos poucos fazê-lo confessar o que ele fez, não revelares que também trais-te, apenas guardar para ti e pensares: ‘seu idiota’ – ri-te, é melhor. se não te sentires capaz disso (como no meu caso), ignora e segue em frente, mas sem ele: lembra-te que homem é igual biscoito... vai um e vem oito – melhores.
nós mulheres queremos um homem inteligente ao nosso lado, que saiba conversar, um homem sincero, que não minta que estava a beber cerveja com os amigos quando na verdade estava agarrado á vizinha, é só falar a verdade ou não falar nada. um homem querido, delicado, que nos elogie, mas que saiba a hora de elogiar; carinhoso, mas que não fique tanto nos nossos pés para podermos sentir saudades; um homem que nos faça perder o fôlego, mas nos dê o ar para respirar; um homem que a gente possa dizer que é nosso, que saiba nos conquistar e que sobretudo, no final da história nos acrescente algo – que seja inteligente, maduro e responsável, e que nas horas vagas seja louco o bastante para se aventurar conosco. gostamos de loucuras, mas queremos inteligência."


 
autora desconhecida, traduzido para português.

19 de novembro de 2012

os outros.

 
não deixes o barulho da opinião dos outros abafar a tua voz interior; segue o teu coração e ás vezes o instinto e se errares ninguém precisa de saber; não percas tempo com inveja porque tanto podes estar no topo como na valeta e o caminho é longo até te encontrares a ti próprio e quando o fizeres só tu estarás lá, tu contra tu mesmo. não esqueças todos os elogios que recebeste, o apoio de quem está a teu lado agora; esquece as ofensas, os inimigos; relê cartas, deita-as fora; agora suspira, relaxa e estica o corpo. não te sintas mais culpada pelo passado, não te sintas mais culpada pelo que fizeste ou pelo que poderias fazer, não te sintas culpada por perderes, por fazeres chorar, por mandar alguém embora, por te afastares; bebe água e respira, vai até lá fora e olha para o céu, sente o vento; está na hora de crescer e deixar de sentir falta de pessoas que não significam mais nada. não te elogies demais nem sejas demasiado severa contigo própria, não tenhas medos das tuas decisões, do amanhã, do teu futuro, não tenhas medo do teu corpo, da tua cara, das tuas palavras e atitudes, isso é tudo teu; agora dança para além do chão, voa na tua imaginação; aceita críticas e verdades e não esperes que alguém mude por ti. acredita! a vida é demasiado curta para pensares nos outros porque as suas opiniões pouco importam a não ser de quem mais amas e melhor conheçes. não te percas, não sejas dramática, sensível e exigente demais; está com quem te faz mais feliz independentemente do que esperas ou pensas; fica ao lado de quem merece, de quem mais precisa de ti; não esqueças quem sempre esteve a teu lado; não sejas cruel para essas pessoas; não dês atenção a quem nunca se preocupou contigo, apaga números de telefone, muda de número se necessário; renova o quarto, o armário, a tua vida. começa do zero que eu começo dos dezoito. com quem mais me faz feliz.

13 de novembro de 2012

'é que eu tinha uma necessidade imensa de ser especial na vida de alguém. de ser aquela em que não saísse da cabeça dele, de que ele tivesse orgulho de dizer que “é ela a minha garota”. eu só queria ser lembrada e jamais esquecida. queria ser a garota e não mais uma qualquer. queria que alguém planejasse um futuro comigo. que pensasse em casar e ter filhos. alguém que abrisse mão de um final de semana com qualquer pessoa só pra ficar comigo. alguém que enxergasse além dos meus defeitos. que percebesse que por baixo dessa casca grossa, existe uma garota sensível e muito sentimental. alguém que reconhecesse o valor que eu tenho. só queria alguém que me amasse, sem vírgulas, sem reticências, sem etc, sem nunca ter um ponto final.'

8 de novembro de 2012

'tenho cabeça, coração e respeito-me. acredito em sonhos, não em utopia. mas quando sonho, sonho alto. estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. sou isto hoje, amanhã já me reinventei. sou complexa, sou mistura. perco-me, procuro-me e encontro-me. e quando necessário, enlouqueço e deixo ir. não me doo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. ou sou tudo ou sou nada. não suporto meio termos.'

Clarice Lispector
(traduzido para português)

6 de novembro de 2012

nem me reconheço. todos os dias saio de casa com outra atitude, com um modo de olhar para as coisas completamente distinto, um pensamento fixo e o mais correcto que conseguir, um espírito saudável, um humor estável. qualquer stress resolvo-o, qualquer estupidez deito fora; pessoas excelentes e verdadeiras estão ao meu lado, pessoas falsas já nem falam nem eu lhes dou conversa; os amigos antigos escuto com atenção, os recentes deixo que eles me conheçam melhor; se estiver mal disposta aguento, se tiver bem disposta faço uma festa. estou a crescer por mim, solteira, feliz e rodeada de quem gosta de mim.
hoje posso afirmar tomei uma decisão, das melhores que poderia ter tomado e que daqui a uns tempos muita gente vai perceber o que decidi e que enfim, algumas pessoas poderão ficar felizes porque se não fossem elas eu não o faria de certa forma. anyway, só quero dizer que quando é para criticar, toda a gente está cá mas quando é para apontar o dedo ao espelho já é complicado levantar a mão e foi a aprender a olhar para mim que não julgo os outros, o problema é que há gente que ainda não aprendeu a fechar a boca sequer.
e anotem aí seguidores, eu ainda vou calar a boca a muita gente que duvidou do que sou capaz (: e será para breve.
eu não mudei, eu cresci e alguns deviam experimentar fazer o mesmo.

3 de novembro de 2012

5 da manhã. cheguei a casa e sentei-me um pouco para descansar.
fiz de conta que a ferida não se abrira nem que me importava que o sangue escorresse por todo o meu corpo, fiz de conta que alguém compreendia o meu silêncio por entre a escuridão do meu quarto e que estavas ali a dar-me a mão. fiz de conta que me irias salvar da minha quase morte interior e que todos a meu redor compreendiam, fiz de conta não precisaria de morrer de medo, ou de saudade, fiz de conta que estava nos teus braços, deitada sobre uma manta quente protegida, fiz de conta que finalmente destrui quem me queria mal. fiz de conta que não estava a chorar, que tudo estava bem e em ordem. mas essa era a minha imaginação. a minha verdadeira realidade é que sempre estive contra tudo e não fazia ideia. mas hoje sei que sou apenas eu e a liberdade que ás vezes não sei usar, sou eu e a responsabilidade de mentir. perco-me e assumo o meu medo e dói-me tanto que me corrói o coração. guardo tudo comigo e em segredo, para que eu não me julgue a mim mesma, para viver com segredos, porque tenho agora que aprender a viver com eles. até ao dia em que não suportar mais.

30 de outubro de 2012

'não te concentres tanto nas minhas variações de humor, apenas insiste em mim. se eu me calar, enche-me de palavras, faz-me querer dizer outra e outra vez sobre ti, sobre nós, e todo este amor. se eu chorar, não me faças muitas perguntas, não precisas nem de secar as minhas lágrimas. diz-me só que continuarás comigo para tudo, que eu tenho o teu colo e o teu carinho. e ainda que te doa ver-me assim, envolve-me nos teus braços e diz-me que eu posso chorar, mas que não sairás dali enquanto eu não sorrir. porque é isso que nos importa, não é? o sorriso um do outro. não é?'

Caio Fernando Abreu
(traduzido para português)

27 de outubro de 2012

afinal o que é uma 'puta'?
ainda quando tinha o ask activado, alguém atrás de um computador decidia divertir-se a aplicar-me tal termo e eu questiono o porquê. ora bem, antigamente 'prostituta' ou 'puta' era utilizado para caracterizar as mulheres que ganhavam a vida dando o seu corpo por dinheiro, hoje em dia, é utilizado por maior parte da geração jovem para caracterizar todas as raparigas do mundo excluindo as suas mães (e mesmo essas se não lhes fazem a vontade são umas 'putas'). esta atitude de criancinhas de julgar quem quer que seja aplicando palavras que nem sabem é mais comum do que pensei. actualmente e avaliando o pensamento de muitos(as) é assim:

''aventureiro: homem que se arrisca, viajante, desbravador.
aventureira: puta.
cão: melhor amigo do homem.
cadela: puta.
menino de rua: menino pobre, que vive na rua, um coitado.
menina de rua: puta.
homem da vida: pessoa experiente, sabedoria adquirida ao longo da vida.
mulher da vida: puta.
tiozinho: irmão mais novo do seu pai.
tiazinha: puta.
puto: criança.
puta: puta.
vadio: homem que não trabalha.
vadia: puta.
Passos Coelho, Cavaco Silva: politicos.
a mãe deles: puta.''
homem bonito: sabe cuidar de si.
mulher bonita: puta.
homem que tem muitas mulheres amigas: amigável, sociavél, charmoso.
mulher que tem muitos homens amigos: puta.
homem que gosta de sexo: normal.
mulher que gosta de sexo: puta.
trai a namorada: herói.
trai o namorado: puta.
tem uma namorada bonita: conquistador.
tem um namorado bonito: puta.
homem livre: independente e decidido.
mulher livre: puta.
deixa de falar com os amigos: deve estar ocupado.
deixa de falar com as amigas: puta.
ele está-me a enervar: 'estás-me a enervar'.
ela está-me a enervar: 'és uma puta de merda'.

vamos lá ver, qual é o vosso problema ? falta de dicionários em casa ou de educação, suponho eu.
como já não tenho o ask activado que a tal altura do 'tédio' já passou, eu volto a perguntar: eu, puta? porquê? por só ter um namorado em toda a minha vida? com o qual estive durante anos toda a minha adolescência? então qual é o termo utilizado para aquelas que se enfiam na cama com qualquer um numa noite, ou que num mês tem uns 20 amores da sua vida?
essa atitude de criticar raparigas sossegadas que têm atitude e que sabem o que fazem, quando lhes apetece e como querem só faz parte do vosso ódio próprio que das quatro uma: ou não sabem olhar para vocês próprias, ou a dor de cotovelo é tão grande que descarregam no teclado e nas palavras, ou existe algum distúrbio no vosso cérebro ou a vossa vida é tão insignificante e triste que tentam estragar a vida das outras pessoas. eu só tenho uma coisa a dizer mais uma vez, cuidado com as palavras e a quem as aplicam e se as aplicarem ao menos expliquem á pessoa o porquê, que ninguém gosta de ficar na ignorância.

(se por acaso ofendi o(a) feliz pessoa que foi na altura para o meu ask, o meu blog também aceita anónimos, portanto podem-se enterrar aqui também com a vossa infantilidade, eu é que não tenho a mínima paciência para pessoas incultas.)

p.s: queridos seguidores, peço imensa desculpa pela minha ausência, os estudos têm dado cabo de mim e raramente encontro tempo para a escrita mas estou de volta e mais uma vez gostaria das vossas opiniões. obrigado por continuarem sempre desse lado (:

22 de setembro de 2012

'porque a vida segue. mas o que foi bonito fica com toda a força. mesmo que tentemos apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. e nós lembramo-nos. e já não dói mais. mas dá saudade. uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer á tona, o que o coração vive a tentar deixar para trás.'

Caio Fernando Abreu
(traduzido para português)

10 de setembro de 2012

olá queridos(as) seguidores(as), amigos e conhecidos do facebook, anónimos e inimigos da minha pessoa,
desde que criei 'ask.fm' surpreendi-me com a quantidade de perguntas e afirmações que publicaram na minha página, muitas delas de cariz insultuoso, ofensivo e difamador da minha vida, do meu futuro, do meu trabalho, dos meus amigos e de mim mesma. quero deixar claro a todos, que criei a página para me poderem colocar questões pertinentes e para me poderem pedir conselhos sobre qualquer assunto mas como se sabe, o 'ask.fm' tem o significado para muitos que nos rodeiam, aproveitar-se e usar a sua pessoa por de trás de um ecrã e de um teclado de computador, colocando-se em anónimo e armar-se em 'campeão(ã)' a insultar e a colocar perguntas hostis a quem quer que lhes apareça ou a alguém cujo o alvo já está definido. sem dúvida alguma que fiquei boquiaberta com a quantidade de pessoas (próximas ou não) que decidem quase todos os dias 'atacar-me' com todo o tipo de injúrias, sejam elas justas ou injustas, conheçendo-me ou não. pois bem, sublinho aqui a todos os que estão a ler isto que com muita pena minha muito do que escrevem por lá não me afecta de modo algum, admito sim que algumas coisas me 'tocaram' imenso pela negativa como pela positiva, mas, tudo o que de certo modo teve a minha atenção de 'negativo' acerca da minha pessoa, foram críticas construtivas, educadas que mereceram a minha especial observação! fica dito também que já passei a idade de ligar a 'meninos(as)' que pensam que me vão meter a chorar, ou a cortar os meus próprios pulsos por ler porcarias sem jeito nenhum. já passei a idade de ligar a 'crianças' e quero alertar a muitos de vocês para terem cuidado a quem mandam 'bocas' porque nem toda a gente tem a mesma resistência que eu e muitos têm a elas e porque é por muita agressão verbal que muitos miúdos hoje em dia cometem parvoíces com a sua própria vida por não aguentarem a pressão! quero deixar aqui claro que eu estou super confortável com a pessoa que sou, adoro o meu corpo, adoro a minha cara e acima de tudo ADORO o meu interior, acho-me linda dos dois lados e não quero saber se a vossa ideia de beleza está a favor de metade da sociedade. vou continuar a responder-vos da maneira mais educada que posso ás vossas tentativas de me ofender e vou dar atenção apenas a quem sabe fazer uma critica elaborada e educada; quanto á minha vida pessoal, quer referindo amigos, família ou até o meu ex namorado, tenham cuidado á forma como perguntam ou afirmam qualquer coisa porque há muita coisa que magoa na forma como é dita ou questionada; eu não tenho problemas em responder mas claro, respondo educadamente e respeito se tiverem a mesma atitude comigo. uma última opinião, para mim pessoas gordas são aquelas pessoas que coitadas estão prestes a morrer de obesidade, e eu estou no peso n-o-r-m-a-l, para além de odiar a palavra 'gorda', odeio de igual modo a palavra 'magra' e aprendi a odiá-la porque tive muitas amigas que chamar-lhes 'magras' era uma ofensa e eu aprendi que afinal, nem todos temos a mesma perspectiva de certas palavras! quero só destacar que a verdadeira beleza não está no físico e sim no coração e que é por acreditar em ambas as belezas que mostro o meu b-e-l-o sorriso, que mesmo não tendo um igual ás modelos dos anúncios das pastas de dentes, eu adoro-o porque é puro, porque tenho quem me faça feliz, tenho quem me mostre que o mundo é um óptimo sítio para estar, sorrio porque não preciso de me esconder atrás de um computador para julgar os outros para me sentir melhor, eu sorrio porque tenho uma coisa que muitos dos anónimos não têm : humildade e respeito. acho que se todos tivessem pelo menos um pouco disso, viveríamos todos melhor e sem discussões (: um agradecimento em especial a todos os que me apoiam, a todos os meus amigos, a toda a minha família e a todos os que de certa forma 'me defendem' !
antes de definir amor é necessário senti-lo e acho que cada um de nós sabe no fundo qual é a sensação que o amor nos trás. digo isto porque amor não é apenas o que sentimos por uma pessoa do sexo oposto (por exemplo) mas sim, pelo que sentimos pela nossa própria familia, pelos nossos amigos, pelos nossos animais de estimação. é um sentimento criado com o tempo, com o conhecimento e com a proximidade que advém de atitudes, carência, sorrisos (entre outros). é querer estar junto de quem nos faz sorrir, de quem nos sabe trazer ao de cima o melhor de nós mesmos, sem dúvidas, disfarces ou complicações. é gostar de receber palavras, abraços, olhares e até mesmo o silêncio. porque para sentir amor não é necessário perguntar, responder, ouvir ou falar, basta compreender e sentir. é gostar de compartilhar o mesmo espaço, as mesmas opiniões, as mesmas atitudes, é gostar de recordar todos os momentos e ter vontade de os repetir. é saber sofrer, chorar, lutar, esperar e perdoar e mesmo assim nunca se afastar nem desistir de quem se gosta/ de quem se ama. é não ter medo de relembrar o passado, é sentir e acreditar no presente e nunca pensar no futuro.

retirado do meu ask.fm : http://ask.fm/anariita3/

9 de setembro de 2012


eu nunca te tirei da cabeça por completo, nunca deixei de te desejar e mesmo que tenha tentado inúmeras vezes fazê-lo, nunca consegui. cheguei á conclusão que isso nunca irá acontecer, faça eu o que fizer, passe o tempo que passar e hoje acredito que o que é verdadeiro, nunca morre! pergunto-me se não estarei a iludir-me ou a viver a minha imaginação demais, pergunto-me o que será real e se tudo o que sinto e ambiciono será no futuro essa mesma realidade, pois muito do que julguei ser 'para sempre', hoje perdeu-se, tal como o que tinhamos. há raras exepções que a nossa imaginação se torna em realidade, basta acreditar e fazer por isso, correcto? e eu não quero por nada, desistir do meu imaginário, evolva ele o que quer que seja.
dei por morto o que sentia por ti, dei por morto e enterrado depois de tudo, do que me disseste, do que me fizeste, após as nossas discussões insanas e infantis em que muitas delas desapareceram das nossas memórias como um básico estalar de dedos e outras que conseguiram mudar as nossas vidas mas foram elas que contribuiram para a nossa aprendizagem e equilibrio. de qualquer modo, acima do nosso desentendimento sempre esteve a nossa amizade e apego, tu sempre soubeste como aceitar a minha dificil pessoa, da mesma maneira que soube lidar com toda essa teimosia e orgulho terriveis! tirando isso, és uma pessoa fascinante que sempre esteve a meu lado, que por muito que exigisse me deste tudo o que podias, me ouviste, me apoiaste mesmo nos teus piores dias. e hoje não estamos juntos a não ser os nossos corações que continuam ligados e as nossas memórias sincronizadas.

1 de setembro de 2012

se me custa? claro que sim. infelizmente ainda fico apática a olhar para as nossas antigas conversas mas acho que no fundo, já não importa mais. não pode interferir mais na minha rotina nem na minha vida. passou. eu atirei-me, ele magoou-me. ele admitiu, eu perdoei e segui em frente. não há mais nada a fazer. sim, importo-me muito com ele. importar-me-ei sempre, ele marcou os meus últimos meses de forma impressionante, tornou os meus dias sorridentes e sim, chegou-me a fazer muito feliz. mas já não importa mais. eu fiz-lhe uma promessa e espero que ele não a esqueça. eu estarei sempre aqui para ele, eu ficarei sempre do seu lado passe o tempo que passar e espero vê-lo a ganhar juízo como ele tanto diz que precisa. fico orgulhosa de ele reconhecer. eu sinto a sua falta, das suas palavras, dos seus abraços, das nossas brincadeiras. mas já não importa mais. um dia voltarei a abraçá-lo, não com o mesmo sentimento de antes mas com certeza de saudades de o ver. espero que esteja tudo bem com ele, tudo em ordem, espero que ele não se esqueça nunca de mim e espero não ter sido apenas mais uma que passou pela sua vida. sonhei com tudo ontem e custou-me um pouco quando acordei, custou porque chegou a ser intenso demais para hoje ainda aparecer durante os meus sonhos e custou porque sei que aquela realidade tem um mês de atraso. já não importa mais. eu sei que ele será parte de mim por muito tempo e espero que ele saiba que o sempre que lhe prometi, será até ao meu fim... e ele sabe, saberá que isto é para ele.

30 de agosto de 2012

pára de andar de um lado para o outro e deita-te aqui ao meu lado. não, não me beijes mais. precisamos de falar, aliás, eu preciso de falar. tenho coisas a dizer-te, mas não sei como comece, não quero ser demasiado sentimental ou lá como se diz...
acho que já consegues sentir o tremer do meu corpo e reparas na forma como estou a roer as unhas feita idiota antes de começar. vou contar-te mais, coisas que não sabes de mim. esperava por este momento, já á algum tempo.
lembraste daquela manhã naquele banco? naquele lugar? um pouco estranho para o meu escandâlo dramático e para a tua cara de idiota a olhar para mim né? acho que ultimamente perdi a conta de quantos cigarros já fumei só a pensar nos acontecimentos destes últimos meses. todos os meus sorrisos andaram ocultados e as minhas lágrimas secaram depois de me acostumar á ideia de que fizeram de mim descartável mais uma vez. mas bem, não é bom saber que já voltei ao meu estado normal? ou algo semelhante a esse estado sei lá...
tudo o que tens de bom mostras nestes pequenos instantes em que estamos juntos e mesmo que também estejas aqui a meu lado com esse feitio amargo que ás vezes decides colocar no teu corpo, tudo bem. olha só, eu já estou mais que habituada a isso e o meu passado só me mostrou como lidar com esse tipo de defeitos. tudo bem, eu não me importo de aturar o teu mau humor, ele não me incomoda minimamente mas realmente se eu pudesse calar-te essa boca e deixar de ouvir certas coisas ridículas seria perfeito e por acaso gostava que não te fingisses de estúpido de vez em quando. se for possível, vê se tentas ser carinhoso o dia todo, a todo o segundo se não for pedir de mais. eu não quero saber, sério. olha-me nos olhos, o ontem já foi, para ti e para mim. estamos dispostos a ir em frente, certo? eu sei que não te digo a todo o minuto mas tu és lindo, és adorável e eu sem dúvida que não te resisto e acho que essa é a tua sorte com todo esse mau feitio.
e mesmo com esse mau feitio tu és tanto de mim. ficas comigo teoricamente? por favor? verás que é bem melhor do que na prática. nós acabamos por nos acostumar. se gosto de ti? sim gosto, imenso. também gostas de mim né? pois, eu acho que acredito. estamos juntos certo? longe de tudo mas estamos juntos. então vamos continuar assim, sem cenas dramáticas, sem virgulas ou tempestades. e agora beija-me, beija-me agora e todo o resto dos dias da nossa vida.

25 de agosto de 2012

'ei, só vim avisar que estou a desistir, ok? acho que assim será melhor, com ou sem ti, já não importa mais. venho a viver num permanente e inútil sacrifício, apenas mudarei o foco. prometo esquecer-te. aprendi a lembrar-me de ti a todo o momento, agora bastará lembrar-me de te esquecer. não vai ser difícil, vou tentar lembrar-me do muito que te dei e do pouco que recebi, vou lembrar-me dos sorrisos que desejei enquanto as lágrimas tomavam conta de mim, vou lembrar-me do quanto te amei e o que isso significou para ti. bom, será assim. vou sofrer como antes, mas desta vez terei amor próprio, cuidarei mais do meu "eu". posso ter sido mais uma para ti, mas sou única pra mim.'

Caio Fernando Abreu
(traduzido para português)

23 de agosto de 2012

não sei, não adivinharia nem acredito. lá estávamos nós mais uma vez movidos pela força que advém do coração, com os corpos juntos no silêncio da noite respirando o ar ofegante que nos rodeava. lá estávamos nós mais uma vez em segredo, longe do mundo e do desconhecido, parados no tempo e na realidade, calados perante quem não nos entende, unindo mais uma vez as mãos e pensando ambos no mesmo. percorre-me nas veias, agarra-me os braços, grita-me nos ouvidos, tira-me o sono, acorrenta-me o pensamento e não sai da minha roupa esse perfume que trespassa os meus sentidos, que me deixa desmaiar de saudade e que me invade as memórias que já estavam arrumadas. sinto a minha pele a absorver o teu perfume e as minhas mãos descontroladas que teimam em agarrar-te no pescoço e a puxar a tua boca para junto da minha, agarras-me, beijas-me e sob as estrelas afundamos-nos os dois. já passou. ninguém sabe, ninguém acreditaria. ansiosos pela noite fugimos juntos sem ninguém nos conseguir reconhecer, eliminamos os contras que nos teimam a afastar e lutamos ainda pelos nossos erros acabando no fim rendidos pelo que sentimos. de olhos fechados penso: queria-te aqui, voltar-te-ia a cravar as unhas na pele e dizer-te-ia de uma vez que te queria comigo. chega de dramas e complicações, de pensamentos e preconceitos. explicar-te-ia mais uma de tantas vezes que o importante é apenas tu e eu. amanhece agora e eu continuo sem ter sono. lá estávamos nós mais uma vez, sem saber ainda quando voltaria a ser a próxima em que os nossos olhares e a nossa epiderme se voltaria a cruzar. em breve, penso. em breve, sabes tu.

20 de agosto de 2012

"Cada regresso teu fazia-me acreditar que afinal nunca te tinhas ido embora, que o tempo é a coisas mais relativa do mundo e que não é a distância que afasta as pessoas quando nasceram para se encontrar."

Margarida Rebelo Pinto

12 de agosto de 2012

há quem te chame bad boy, eu dou-te a minha palavra
que somando atitudes, já eu me sinto sufocada
tudo isto já me cansa e eu já estou farta destes mambos
garanto-te que não quero que deixes os teus manos
eu sei bem o que eles importam para ti
e sinceramente o teu bem estar está em primeiro para mim
tu estás na idade de novas experiências, na idade de novas fases
mas quero que assumas as tuas responsabilidades
cuidado para não tropeçares nos teus maus momentos,
que eu já me fui abaixo por cair em novecentos
admitiste as tuas falhas e eu perdoo esses erros,
se fosse outra gaja aguentava muito menos
ainda me lembro de todas as horas sem sono, só tu e eu
deixaste de me falar nem sabes o quanto me doeu
sinto-me a tirar os meus pés do chão
a cair de um sexto andar para o rés do chão
gostar de ti pôs-me doida e pior, põe-me perdida
não sei o que fiz para não me quereres mais na tua vida
lembraste do nosso último olhar?
penso nesse sorriso e nesses olhos, já estou a atrofiar
eu queria-te comigo durante o maior tempo que conseguisse,
mal consigo fechar os olhos, imagina se os abrisse
tenho aprendido a engolir a saudade com o orgulho
de me teres feito chorar por um sentimento sem futuro
fiquei conhecida por quase te ter tido um dia,
mas isso acabou, afundaste a minha alegria
oiço 'ele não te merece esquece'
'tu és a Ana, fodasse, ele é que perde'
mas eu olho para trás e penso que quem perde sou eu
porque é a ti que eu quero e tu devias ser meu
se pudesse vivia tudo de novo contigo
mas esta paixão por ti tornou-se um novo perigo
porque eu abri-te a porta do meu coração
entreguei-te a chave, partiste logo para a agressão
hoje reflito em como pude fazer isto por ti,
para agora chegar-te a ver-te reflectido em mim
eu não estou arrependida de tudo o que construí
mas sinceramente não valeu a pena tudo o que persegui
eu ainda tenho na cabeça os nossos momentos a sós
em que não me cansava de ouvir a tua voz
e eu rio-me agora porque isto parece estúpido
ter lutado por algo que pensei ser único
eu nunca pedi amor nas palavras que dizias
mas com amor me as disseste e quis ouvi-las todos os dias
cuidado com as gajas com que tens atitude de predador
porque com o que fizeste, se fosse outra chamava-te jogador
tu és lindo, não és nenhum cabrão
agradeço-te por ter sido a minha solução
dos meus problemas e da minha vida
e eu só gostava de te pagar essa minha divida
mas tu não queres, sorris e continuas
e pergunto-me se em vez de uma preferes duas
todos os dias acreditei na tua palavra
em qualquer coisa que tenhas dito na minha cara
foi por acreditar em tudo que isto deu para o torto
porque deitaste tudo a perder e o meu coração é que está morto
fingir que não fui nada faz-me sentir uma falhada
com tudo isto preferia levar uma bofetada
desculpa se sou assim tão impulsiva
mas não suporto que brinquem com a minha vida
prometi deixar os outros sócios por tua causa
alguns ficaram piores que a minha mãe na menopausa
mas caguei e só me interessei em ti
mas estás na paz e nem sequer pensas em mim
diz-me a verdade, é alguma dificuldade?
eu acredito que não será demasiado tarde
para mudares de ideias e voltares atrás
eu estou a fazer por ti o que tu nunca farás
bastava-me estar contigo de vez em quando
fizeste-me sorrir mais num dia do que sorri num ano
não é uma relação que faz de um puto um homem
e eu não queria uma, era só para ver como as cenas correm
é impressionante como te vejo nas estrelas
com tanta lágrima ás vezes já não consigo vê-las
se aparecesses mais cedo nada seria assim
mostrar-te-ia que só te queria para mim
as outras ninas não souberam o que perderam
e foi graças ao teu passado com elas que agora me foderam
mas tudo bem, nem me importo mais com isso
já pensei em tudo e não volto a tocar mais nisso
curte a tua vida, espero que sejas feliz
que enquanto te tento esquecer, lembra-te que sempre te quis
não tens noção do quanto me dói ver as tuas cenas nas redes sociais
mas eu também sou ciumenta, é, parece que somos iguais
tomei a decisão de me afastar não sabes o que isso me custa
mas pelo que me estás a fazer só vou ser justa
estarei sempre aqui para ti, sabes que isso é óbvio
pensa bem no que estás a fazer a ti próprio
eu tornei-me fria, não queria que assim fosse
mas o que me aconteceu ontem fez de mim o que sou hoje
também mudaste muito mais do que tu pensas
acho que isso acaba por ser por causa das influências
não te conheço ao ponto de não me dares atenção
e isso mete-me estúpida não tens bem a noção
não duvides de ti, olha para as estrelas
que para mim serás sempre uma delas
espero que seja mesmo isto que queres
porque se te arrependeres pode ser tarde e tu é que perdes
não sei a este ponto se lute mais por ti
não sei se vale a pena continuar assim
isto dói-me porque tenho gajos a chorar por mim
e eu apenas só tenho olhos para ti
despeço-me aqui porque agora sim está tudo dito
e se te esqueceres do que aconteceu, tens isto escrito
para te recordares um dia do quanto persisti
do quanto persisti para te ter aqui
escrever isto só me torna mais bonita
não te esqueças do quanto gosto de ti, a tua sempre Ana Rita.

11 de agosto de 2012

Se eu pudesse, roubava o tempo do mundo
fazia cada momento durar mais do que um segundo
e sussurrava, quanto tempo é só nosso
Se pudesse fazia por ti, tudo o que não posso
em cada olhar que fica, cada beijo que voa
a cada palavra amiga que sozinha nos conta
esta história tao leve, por mais breve que seja
faz eterno um só momento por mais esquecido que esteja...

Se eu pudesse, ser um pouco mais do que isto
ser mais que uma palavra, uma melodia que capta o teu ouvido
mais que um mito sem sentido musicalidade ou arte
queria ser a certeza que assim deixei o corpo de parte
a verdade a qual acenas ao longe, e quando te escondes
por detrás desse sorriso, duvidas sem nomes
não mas apontes, nem mas escondas agora
deixa-me só tentar mostrar que as respostas não estão lá fora
Se eu pudesse, dizer tudo o que eu quero
puder ter tudo num verso, sem ter contudo um regresso
tudo confesso, cada segredos que este meu silêncio impera
e do meu braço peço o calor que o mundo me nega
vive ao momento avaliando contigo, eu tou pronto
faz-me sorrir como só tu sabes como
dás a forma como a tua voz me acalma no escuro
faz-me ver o nosso mal sem ti em tudo aquilo que eu procuro
Se eu pudesse, secava as lágrimas que eu não sequei
mudava as respostas que quando querias não dei
eu sei que vales mais e é esse mais que ainda procuro
não sei se o tenho mas mantenho esperanças no futuro
Atento ao tempo e não me lembro de mudar por mim
cinzento por dentro procuro mil e uma cores em ti
encontro pisos incadescentes, de vez em quando
és a policromia que me preenche sonhos a preto e branco

(...)

Eu também tenho medo, mas se pudesse não o guardava em segredo
tornava tudo tão óbvio, tão dócil e brilhante
pa ser mais do que um amigo, um amante visitante
o tempo sem promessas que constatemente faça
presença que não sou quando já só queres um abraço
certeza sem barreiras que tu precisas de ter
ou a felicidade que te dou mas que não sei manter
Se eu pudesse, ter-te encontrado mais cedo
medo que não tenho eu tinha, garanto que valia
quando penso na diferença que faz estar ou não estar contigo
não vivo através de ti, mas aprendi a viver comigo
cada opinião que trazes vale por mil sentenças
quando estás dás força e não motivação apenas
eu aposto que não reparas, que nem sabias
que existe admiração até nas minhas atitudes frias
Se eu pudesse, ser diferente e mudar por ti
ser o que mereces e manter-me assim
trocar a vida que tenho pela que desejas
e não te encher de lágrimas quando me beijas
ser o teu poeta, o momento que mais sentiste
o teu mais que tudo, quando tudo o resto é triste
Se eu pudesse, era tudo como preferes
mas eu não posso ser tudo aquilo que queres..

Royalistick ft Carla Souza - Se eu pudesse

9 de agosto de 2012

é em noites como esta em que me dá vontade de me deitar e afogar-me nas minhas lágrimas e sufocar nos meus soluços. tenho á frente tantas opções e não entendo qual é a melhor. eu termino sempre sozinha seja de que modo for e nunca por opção mas sim porque toda a gente decide ir embora e deixar-me pelo caminho. cheguei a amar tanto que perdoei todas as trocas e todas as mentiras, amei tanto que planeei toda a minha vida ao lado daquela pessoa, amei tanto que acabei por ser trocada, humilhada, destroçada.
eu não procurei e por não procurar apareceste-me tu e impressionante como era para ser amizade mas acabei por me apaixonar. sinto a tua falta, a prender-me contra o teu corpo, sinto falta do teu perfume, da tua voz, das tuas palavras e não te ter ao meu lado mata-me todos os dias mais um pouco. é pena chegar á conclusão que provavelmente não significou nada para ti e choro ao ler todas as mensagens e todas as palavras que me enviaste e que apesar de promessas e declarações tu estás a desviar-te da minha vida como todas as outras pessoas que mais amei. quanto mais depressa esquecer e ignorar, quanto mais quero fazê-lo com todas as minhas forças há mais alguém. mais alguém que não sei como nem porquê me mete a reflectir sobre tudo o que está a acontecer, mais uma pessoa que falando comigo normalmente me faz sorrir e esquecer a merda que me estás a fazer mas que depois diz coisas que me disseste e eu fico sem saber como responder, como reagir, como me aguentar. tento convencer-me que tenho alguém que fará tudo por mim, que pelo menos alguém me dirá tudo o que me dizem agora e cumprem, mostram-no e não mentem. e em todas as palavras eu me deixo levar e confundem-me os meus caminhos. então interrogo-me, qual deles será o melhor? eliminei o caminho sem saída das minhas opções, um caminho que já não vou voltar a seguir tão cedo, que se encheu de pedras e de sangue de tanta dor que me provocou. agora tenho mais três: esperar num e não valer de nada; entrar num desconhecido e volto a esquecer os restantes ou volto a tentar caminhar por aquele que nunca cheguei a meio, aquele em que fico sozinha comigo e com a minha vida, em que ignoro todas as tentativas de aproximação e que choro todos os dias com saudades. há gente que me está a trocar tanto as voltas, de tal maneira que já não sei distinguir quem preciso de quem quero, quem me fará bem ou mal, quem será o certo ou errado e eu preciso tanto, preciso tanto de alguém comigo que me dê o devido valor.

7 de agosto de 2012

e cá estou eu outra vez. sentada na cama, trancada no quarto a ouvir música deprimente e a chorar para cima do computador. cá estou eu outra vez, a perguntar-me constantemente porque sou tão estúpida? chego a um ponto que me convenço que mereço isto, que fazer de tudo por alguém na realidade tem consequências. como é possível depois de todas as palavras, depois daquela noi......
não consigo entender onde tudo isso foi parar. obrigado, obrigado sinceramente por me teres feito acreditar outra vez, por me mostrares que era possível gostar de ti, obrigado pelo sorriso que me meteste na cara todos os dias, por me ajudares a adormecer descansada, por tornares os meus sonhos perfeitos, por tornares a minha realidade fantástica, por me aqueceres quando estava com frio, por me protegeres quando tive medo; obrigado por me dares a mão, por me abraçares com força, por me beijares, por gostares de mim; obrigado por tudo isso. deste-me sensações que nunca pensei voltar a experimentar tão cedo. cá estou eu outra vez, a largar tudo isso e a meter o que foi extraordinário na caixa de bons momentos. cá estou eu outra vez a abri-la, a recuperar lágrimas, a recuperar desilusões para lhe juntar mais uma. e enfim, é assim que estou, a perguntar onde raio me fui meter e a convencer-me que é mais uma que me vai fazer aprender, a sorrir pelo que sem dúvida se tornou tudo e a chorar por me sentir 'abandonada'.

5 de agosto de 2012

enlaçaste-me pela cintura e puxaste-me contra ti. seguraste-me no queixo, ergueste-me o rosto e pousaste os lábios sobre os meus. rodeei-te o pescoço com os braços e deixei-me ir. ali, em frente de tudo e todos que num ápice esqueci e deixei de os ver. sem confusões, sem ninguém, tudo tão simples, tão certo. apenas tu e eu e a nossa vontade de sentir.

4 de agosto de 2012

provavelmente já te esqueceste, provavelmente não. mas eu lembro-me sempre de tudo o que me marcou na vida e tu foste um dos melhores e mais importantes acontecimentos na minha!
antes de mais, quero-te pedir desculpa se falhei nalguma coisa contigo/connosco, quero-te assegurar que nunca te esqueço, que te amo imenso e que és mais que essencial na minha rotina. quero que saibas também que chamar-te de melhor amigo foi das minhas maiores certezas e que te manter ao meu lado foi das minhas melhores decisões. escrevo-te não apenas por hoje, mas por todos os dias, por todo este ano, pelo quanto nos afastamos mas também pelo quanto sabemos que estamos sempre presentes um para o outro. não és perfeito, longe disso porque sabes melhor que ninguém que há coisas que detesto em ti, como tu em mim mas eu sei no fundo como te aturar, como te aguentar e mais importante, como te amar com todos os teus defeitos e feitios ! quero-te agradecer por mesmo longe saber e reconhecer que estás sempre a meu lado, porque és tu o próprio a garantir-me essa presença e por seres tu a manteres muitas vezes a minha cabeça organizada e o sorriso na minha cara! porque se há coisa que amo em ti, é eu estar a morrer por dentro com as minhas piores trombas no focinho e tu sabes como dar a volta e meter-me a rir á parva e no fundo tu sabes que foi isso que nos aproximou. lembro-me hoje como se fosse ontem, as tuas chamadas a chorar, a pedir-me ajuda, aquelas em que me ligavas só para dizer 'eu amo-te minha vaca', aquelas em que te metias a aparvalhar ao telefone, as que me pedias conselhos, todas elas e tu sabes que qualquer coisa me podes continuar a ligar seja nos teus piores, melhores ou 'anormais' momentos (:
não tenho muito a dizer de ti ou de nós, a nossa relação é perfeita e sabemos bem onde cada um está, ou quando precisamos um do outro. a nossa amizade é estranha sim, estranha por não falarmos todos os dias ou até mesmo falarmos-nos de 2 em 2 meses mas you know what? para quê falar todos os dias? eu sei que estás aqui quando precisar, tu sabes que eu não vou a lado nenhum caso necessites, eu sei que sou uma das mulheres mais importantes da tua vida e tu de longe dos mais importantes na minha. eu sei que se precisar de rir até sufocar posso-te ligar e se precisar de morrer apertada peço-te um abraço. a cena é que ausente estás sempre a meu lado e sinceramente nada mais importa se não isso, saber que longe cuidas de mim, olhas por mim, lembraste de mim assim como eu de ti porque para amar é preciso sentir, não ver e reconhecer-te dentro do meu coração todos os dias é suficiente !
amo-te, até ao fim melhor !
2 anos, 5 de Agosto 2012. (desculpa, não consegui esperar <3 p="p">

3 de agosto de 2012

nostalgia III

é complicado entenderes que preciso de ti? há algum custo em pensares em como me sinto contigo ausente? sabes a quantidade de vezes em que espero e anseio por uma mensagem tua?
é dificil. mais dificil do que pensei: largar-te, esquecer-te, ocultar-te por um segundo. é dificil quando te quero a meu lado.
eu consigo viver sem ti, longe do teu corpo. mas honestamente eu não quero porque sei que nada preenche o vazio que deixaste e no fundo, todos precisamos de alguém, porque não queremos estar sozinhos e porque a vida é dificil de enfrentar sem alguém ao nosso lado. e a minha? a minha não tem sido fácil sem ti aqui. é, eu preciso de alguém, eu preciso de ti. todos os dias.

Segunda, 30 Julho.

nostalgia II

sinto a relva húmida nas minhas costas, o sol a bater-nos na cara e o calor da tua mão sobre a minha. olhamos o céu juntos, planeamos o nosso futuro e puxas-me contra ti olhando-me de paixão.
acordo, regresso á minha cama e ao meu escuro quarto.
já não estás mais aqui, já não me dás as mãos e o nosso futuro já se perdeu; o teu olhar afunda-se noutros olhos que não os meus e o teu calor já não me aquece mais.
acordo e sinto a falta de outra pessoa. algo me apanhou após te deixar ir, algo que pensei que conseguiria controlar mas não. há sempre alguma coisa a acontecer de que não estamos á espera, nunca estamos verdadeiramente preparados para o que vem, ou para o que o amor nos trás.
acordo e sei hoje o que ele me trouxe: nostalgia, carência e apatia.
até amanhã.

Domingo, 29 Julho.

2 de agosto de 2012

nostalgia I

hoje é uma noite em que me confronto com todos os meus receios e dúvidas. assombram-me de tal modo o pensamento que me chegam a provocar dores de cabeça permanentes. o maior e único problema é que as dores passam mas as dúvidas ficam, permanecem e dificilmente se ocultam.
sinto-as presas dentro da minha cabeça, incansáveis.
hoje é uma noite em que apenas existem perguntas, perguntas sem uma simples resposta.
e hoje perguntar-te-ia : amas-me?
é, hoje regressou a realidade. dura, injusta e triste realidade. tão cruel que me apercebo o quanto estúpida estou. a minha realidade é pretender esquecer-te, de maneira a sentir-me minimamente normal novamente. e eu hoje estou a tentar, juro. a tentar tirar-te da cabeça com todas as minhas maiores forças.

Sábado, 28 Julho.

27 de julho de 2012

andas na minha cabeça por um bom tempo. é, eu penso demasiado em ti e quanto mais falo, tudo o que sinto cresce. como é impressionante que ande a aprender coisas acerca de mim mesma, coisas que nem eu conhecia. a verdade é que tenho medo de amar alguém outra vez, apaixonar-me, gostar de alguém porque eu protejo o meu coração e não quero que ninguém entre para o destruir outra vez. até te abraçares a mim e me agarrares na mão com força, eu não me apercebi. agora com a tua ausência, não existem mais dúvidas. é, eu sou capaz de voltar a gostar de alguém, embora com um pé atrás. mas sim, obrigado. obrigado por me fazeres voltar a sorrir, a acreditar. eu mudei e tu não tens ideia.
preciso de ti, gosto de ti, sinto a tua falta, quero-te aqui.
pensei demais antes de o confirmar porque é complicado dizer tudo o que escondo dentro de mim, coisas que tenho medo de dizer, por medo da resposta, por medo de ser magoada. mas é, está dito. e tive de o dizer, porque está todos os dias na minha cabeça, aparece nos meus sonhos e vê-se no meu sorriso.

26 de julho de 2012

'tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em ti. mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parece que a poeira assenta e com mais força quando a noite avança. não são pensamentos escuros, embora noturnos… sabes, eu perguntava-me até que ponto eras aquilo que eu via em ti ou apenas aquilo que eu queria ver em ti. eu queria saber até que ponto não eras apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em ti todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem tuas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não conseguir ver mais, entendes? eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que fosses o meu encontro. quis tanto dar, tanto receber. quis precisar, sem exigências. e sem solicitações, aceitar o que me era dado. sem ir além, compreendes? não queria pedir mais do que tinhas, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. mas o que tinha, era teu. mas se tivesses ficado, teria sido diferente? é melhor interromper o processo a meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — porquê ir em frente? não há sentido: é melhor escapar e deixar uma lembrança qualquer, um lenço esquecido numa gaveta, uma camisa atirada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo possamos olhar e sorrir, mesmo sem saber porquê. melhor do que não sobrar nada, é que esse nada seja áspero como um tempo perdido. tinha terminado, então. porque nós, alguma coisa dentro de nós, sabemos sempre exatamente quando termina. mas de tudo isto, ficaram coisas tão boas. uma lembrança boa de ti, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. de não morrer, de não sufocar, de continuar a sentir encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre trás, e então não repetir nenhum comportamento. ser novo. mesmo que nos percamos, não importa. que se tenha transformado em passado antes de virar futuro. mas que seja bom o que vier, para ti, para mim. escrevo-te, enfim, ocorre-me agora, porque nem tu nem eu somos descartáveis. … e eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na tua memória, no teu coração, na tua cabeça, como uma sombra escura.'

Caio Fernando Abreu
(traduzido para português)

24 de julho de 2012

desisti de esperar por ti, de te querer comigo, não dá mais para isso. porque muito esperei por uma atitude tua, por uma mudança e nada aconteceu e sei que agora não será diferente. eu dar-te-ia o mundo, faria tudo para ficares a meu lado e nada foi suficiente porque tudo o que estava ao meu alcance eu fiz: por ti, por nós, fiz muito mais do que faria por alguém, mais por ti do que por mim, mais do que merecias e do que devia e  tu nem sabes mas eu queria-te tanto ainda, tinha tanto para te dar que não te quis deixar ir por minutos. mas por muito mais falta que me faças eu não consigo, por mais que não te tenha esquecido não ocupas o meu pensamento, por mais que tenha vontade de estar contigo eu não quero tentar novamente. eu vivi demasiado tempo em nossa função, sempre preocupada, a cuidar de ti e da nossa relação, a dar o máximo para te meter um sorriso nos lábios e o nosso sentimento em pé. e custa admitir o que sinto mas sinceramente, eu cansei-me: cansei-me de viver assim, de não ser prioridade, de me iludir. então saí porta fora, mudei tudo o que tinha a mudar, aproximei e afastei pessoas de mim, organizei prioridades e planos, conheci pessoas sem precisar de procurar, encontrei caminhos que nunca julguei seguir. e eu encontrei alguém, alguém que se soube aproximar, que me sabe fazer sorrir, alguém que agarrou na minha mão e me protegeu; alguém que me tocou no coração sem exigir. eu encontrei alguém que eu não precisasse mas com quem queria estar sem motivo, alguém que se preocupa. eu saí porta fora e encontrei outra forma de vida, outras pessoas que me fazem sorrir, novos interesses, novos caminhos. saí porta fora e meti o passado para trás das costas, esqueci os erros que cometi, a vida que tive e a que impedi de ter outra vez, esqueci o que quero e interessei-me no que preciso, esqueci a merda que fiz e concentrei-me em mim. eu saí porta fora e abri outra, porque o nosso livro terminou e sobre o passado não há mais nada a escrever.

22 de julho de 2012

'na verdade eu não sei exatamente o que sinto por você, não sei se é amor. quando estou perto de você sinto borboletas no estômago, meus pés saem do chão, e minha cabeça vai direto pro céu. quando ouço sua voz não quero parar de ouvi-la e sinto a necessidade de ficar perto de você. eu penso em você a cada segundo, e qualquer musica traz seu nome em minha cabeça. toda noite imagino como seria a gente juntos, e ficou lembrando o gosto do seu beijo. ai garoto eu gosto de cada detalhe seu, se isso não é amor, eu não sei mais o que é!'

20 de julho de 2012

quando menos esperas, alguém entra na tua vida que muda tudo. faz-te sentir calma, faz-te sorrir, faz-te sentir tu mesma. há alguma coisa nele que não consegues descrever e mesmo que não estejam juntos, tu não o queres deixar ir.

19 de julho de 2012

o problema comum das raparigas: detestar ser ignorada, substituida ou rejeitada. é tão simples quanto isto, tão fácil de saber e é impressionante como há rapazes que ainda não meteram isso na cabeça. eu meto-me na conversa com o meu grupo de amigas e temos todas o mesmo problema, a mesma questão e claro está, um gajo que só nos lixa a cabeça: uns querem mas não fazem por isso, outros não querem mas continuam a dar paleio, outros gostam mas não admitem, outros não gostam e preferem ignorar do que dizer logo, há dias em que passam o dia a falar contigo todos queridos, no dia a seguir nem uma mensagem te mandam. a sério, a gente não entende mas nós gostamos de rapazes com atitude, das boas de preferência. gostamos que a atenção seja quase ou unicamente só para nós, gostamos de receber mensagens queridas e ás vezes só um 'olá' já nos deixam sem saber o que responder; gostamos que admitam o que sentem, que desabafem conosco os vossos problemas (pois por mais que queiramos ser, seremos sempre vossa amiga e essa amizade está sempre em primeiro lugar), gostamos de nos sentir seguras, protegidas e acima de tudo amadas e respeitadas. nós não somos objectos, somos mulheres, rainhas e temos de ser tratadas como tal ! cumps boys (:

17 de julho de 2012

'tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras; sou irritável e piro facilmente; também sou muito calma e perdoo logo; não esqueço nunca; mas há poucas coisas de que eu me lembre; sou paciente, mas profundamente colérica, como a maioria dos pacientes; as pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdoo de antemão; gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo; nunca esqueço uma ofensa, o que é uma verdade, mas como pode ser verdade, se as ofensas saem de minha cabeça como se nunca nela tivessem entrando? tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesmo; se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz; quanto a minha paz superficial, ela é uma alusão à verdadeira paz; outra coisa que esqueci é que há outra alusão em mim - a do mundo grande e aberto; apesar do meu ar duro, sou cheia de muito amor e é isso o que certamente me dá uma grandeza...'

Clarice Lispector

13 de julho de 2012

eu jurei ter dito tudo o que poderia dizer-te, jurei pela minha vida que te tinha dado mais que provas que não te queria fora da minha rotina e sinceramente estou tão perdida que nem sei o que fazer. já deveria ser a altura em que metia na cabeça que devia parar com isto e eu garanto que estou cansada de levar 'tacadas' das pessoas. já não é a primeira vez que saio para me divertir e no fim da noite chego destroçada a casa. e se eu tenho algo a dizer, vou dizer já.
quase que chorei quando me abraçei ao meu melhor amigo a queixar-me do que tem acontecido, do que li, do que vi, do que me vai na cabeça e eu estou tão cansada que só me apetece fugir. é tão estúpido que ás vezes nem sei como contar as coisas direitas, ou explicar tudo o que sinto. estou assustada comigo, com tudo o que anda a acontecer e durante a noite toda tu não me saíste da cabeça. arrependo-me de algumas coisas, algumas delas bastante recentes; arrependo-me de tal forma que agora sei que não há volta a dar. sentei-me numa escada calada, a olhar para a estrada feita idiota com as pessoas que me são mais próximas á volta e não sabia por onde começar a falar porque eu só precisava era de desaparecer por uns instantes e pensar em tudo, só precisava era de ser uma mulher e terminar com as minhas ilusões. 
eu jurei por tudo que não queria isto e eu só queria saber o que raio se passa, só te queria abraçar de uma vez e meter-te um sorriso na cara, pedir-te para ficares e seres feliz porque eu preocupo-me contigo e estar sem saber nada parece um inferno e nas portas dele já me encontro eu hoje.

5h.

10 de julho de 2012

eu não me vou gabar, muito menos ser desonesta comigo mesma porque sou uma pessoa com imensos defeitos e feitios, muitos deles insuportáveis e ridículos. gosto imenso de deixar esclarecido o que me vai na cabeça em certos momentos e hoje é um deles. os 18 anos aproximam-se e em todos estes anos já vi, ouvi e experimentei coisas que por muito boas ou más que sejam me fizeram crescer como pessoa. há coisas que nos marcam, coisas que ficam para o resto da nossa vida e é a partir dessas vivências que agimos, pensamos e falamos conforme o que sabemos. pior que marcas físicas, são marcas que nos afectam a nível psicológico, pois a dor passa, o sangue deixa de escorrer, as feridas saram enquanto que uma desilusão ou uma perda permanecem na nossa mente a cada vez que nos tentamos aproximar de alguém. é estranho quando instintivamente começas a avaliar tudo e todos á tua volta, quando desconfias do mundo, quando chegas a pensar que estar sozinho é a melhor opção mas depois chega alguém, alguém que nunca te desiludiu e que faz de tudo para que mudes o que para ti está errado. sou uma pessoa que já caiu no mesmo erro várias vezes e que mesmo a ser avisada preferiu atirar-se para o "poço" outra vez por acreditar que por acontecer uma vez não iria acontecer na próxima e mesmo que não ganhes uma desilusão com a pessoa que estás á espera, irás ganhar com outra ou em relação qualquer situação na tua vida. mas sempre me ensinaram que é a arriscar que vemos e a errar é que aprendemos.
quando as coisas parecem dar resultado na tua vida, quando chegas a um ponto de felicidade extrema em que nada ou ninguém te afecta, lutas para que essa alegria permaneça mas quando tudo se vira do avesso e algo corre mal, choras e perdes-te por uns momentos até acabares por aprender a levantar a cabeça e a continuar a viver, a crescer. sendo tão nova, sei que há imensas coisas que tenho de aprender, e que são todas estas experiências que me fortalecem a cada dia que passa. em muitos obstáculos da minha vida, eu tropecei, eu falhei com pessoas que gostavam de mim, eu menti a mim mesma acerca do que queria e do que sentia e hoje apesar de ser ainda 'complicada', eu acredito que sou uma boa pessoa, tão boa que é raro encontrar alguém como eu e que me compreenda e mais nos dias de hoje. eu não entendo o que se passa com o pessoal de agora, eu até aos meus 16 anos saia ás 20h para um bar para estar á meia noite em casa, eu nunca apanhei uma bebedeira na minha vida, só tive um namorado até hoje, só dou paleio a rapazes que acho que valem a pena o meu tempo, que tenham conversas longas e decentes, que me saibam cativar, gosto de ser respeitada e de ter respeito por mim, sou estável em sentimentos, não gosto de deixar ninguém para trás e quando amo, amo a sério, quando me aproximo é para sempre, quando quero faço de tudo para ter e luto, luto por ter as melhores pessoas do mundo ao meu lado, todos os dias. mas hoje reflicto: hoje vejo raparigas e rapazes a sair quase todos os dias, com menos de 16 anos a fumar, a beber que nem um adulto, atiram-se a qualquer pessoa que vejam sem problemas nenhuns, dão paleio ao primeiro(a) que aparece, fazem coisas com vários(as) que eu só fiz com um, o 'para sempre' deles dura até encontrarem alguém melhor, há amizades tão boas que é só virar as costas e já estão a criticar, há 'amo-tes' que se repetem mais vezes do que a minha mãe a dizer 'vai arrumar o quarto', fazem figuras tristes em plena rua e lixam-se para quem lhes quer abrir os olhos, não acreditam no futuro, deixam os estudos para trás e preferem andar na merda do que ser alguém. não sei se sou eu que sou diferente e acho que isto nem sequer se deve á educação, deve-se sim ás influências. o meu pai sempre me disse que se precisasse de fumar, eu podia-lhe ir pedir um cigarro e fumar com ele e até á uns tempos atrás nunca agarrei no tabaco e quando fumei a primeira vez, os meus pais foram os primeiros a saber; não gosto de bebidas alcoólicas, sei-me divertir sem elas; gosto de sair uma vez por semana para ir beber um café e conversar com o meu/minha melhor amigo(a) e umas duas vezes por mês para irmos até uma discoteca e dançar um bocado; sou extremamente faladora e adoro conversas profundas e interessantes; gosto de conhecer bem alguém, de me aproximar quando acho que vale a pena, de admitir quando gosto de alguém e de lutar quando quero; só dou confiança a quem merece, tenho uma excelente relação com todos os meus amigos, e quando comecei a namorar os únicos homens que tinham a minha atenção era o meu pai, o meu namorado e o meu melhor amigo, deixava de responder a todos os outros, apaguei contactos, saia apenas com os amigos(as) mais próximos, dava mais valor a um dia a passear de mãos dadas do que um dia enfiada no quarto; quando prometo um 'para sempre' eu não falho e mesmo que haja distâncias ou o que seja, evito perder o contacto. sei que as aparências iludem e sei de trás para a frente o que muita gente pensa acerca da minha pessoa, que sou a rainha e uma convencida que pensa que é melhor que os outros e sabe demais, uma arrogante e uma falsa que só quer chamar a atenção; tudo bem, disso tiro a parte positiva porque eu ainda sei o que sou. o único defeito que ainda tenho é ter paciência a mais para esse tipo de pessoas, é acreditar e amar demais, é aproximar-me e não largar mais quem gosto, é lutar por ter o que quero comigo e quando digo que não sou como as outras, não, não sou mesmo e depois de entrar na tua vida verás que estou a dizer a verdade.

5 de julho de 2012

sem pré aviso, sem uma desculpa e sem o minimo motivo tu apareceste. eras apenas mais um que tinha adicionado no facebook, bonito, sem saber absolutamente nada de ti ou sequer da tua vida. seguiamos caminhos opostos e nunca adivinharia que te virias a intrometer no meu. por muito pouco tempo que é, seja agora ou em qualquer altura na minha vida, não mudaria uma palavra dita, não me arrependo de ter ido a correr para te ver, não alteraria qualquer mensagem nem a quantidade de caracteres que escrevi assim como o vocabulário ultilizado, qualquer palavra idiota ou até mesmo erros ortográficos. sei que não é fácil, que chego a cansar mas a cena é que preciso de ti e tudo muda quando sei que estás "lá" porque manténs-me calma e com um sorriso na cara que vem nem sei de onde. tens essa capacidade: de saber como me pôr a sorrir e eu gosto disso. quero que saibas, antes de mais, que não exigo que fiques mas dar-te-ei sempre razões para não ires embora mas se precisares de ir, agradeço-te que me digas. ficarei sempre ao teu lado, mesmo que não te veja ou tu não me fales, espero que me guardes perto de ti, sempre.
e, loveyou k?♥

(tf)
se é dificil? é. manter-me forte por toda a gente à minha volta, com um bom sorriso que rápido se vai embora quando volto a estar sozinha. é dificil quando quero tentar matar agluém que está dentro de mim, que me come por viva e que por mais que queira não consigo fazer nada quanto a isso. não importa o quanto me esforçe, simplesmente não vai embora, não abandona o meu corpo um segundo. ainda nem acredito que desisti, que te deixei cair da minha vida de vez. tentei fazer qualquer coisa para ficares, e quando quisesses ir eu prometi que iria contigo, a qualquer altura. sim, eu tentei, todos os dias. e a cada dia ficava mais dificil de te manter, até me aperceber que o que queres realmente é uma vida sem mim. então eu desisti e eu sei que agora foste embora de vez. eu desejava ter conseguido que ficasses comigo, mas todas as lágrimas, as promessas e as falhas fazem o meu coração partir-se mais um pouco.

hoje, 5*

4 de julho de 2012

é, estou um pouco desorientada sim. parece que sou uma miudinha de 12 anos outra vez sem saber para que lado me virar. se eu quero, não sei como avançar da melhor maneira sem me atirar logo de cabeça, se eu não quero não sei como meter travão nas coisas. se me aproximo demais sinto-me chata, se me afasto sinto falta.
a cena é que quando estás presente me fazes esquecer tudo e voltar a acreditar que posso ser feliz, depois meto-me a pensar se é mesmo assim que ficarei bem, ao ter este apego a ti tão rapidamente. se não me dizes nada, chega a ser um castigo, tão grande que me pergunto o porquê de ficar tão "perdida". quando olhei para ti, foi diferente, diferente e estranho por nas horas seguintes me perguntar cem vezes por segundo o que iria fazer, o que queria de ti, o que seria de mim, estranho por te querer afastar e agarrar ao mesmo tempo. preciso de outra cabeça e de outro coração porque sinceramente estes não estão a funcionar como deveriam, o coração não me aponta nenhum caminho e a cabeça troca-me todas as opções possíveis.

29 de junho de 2012

é estranho... tão estranho que nem sequer consigo arranjar palavras para descrever. estranho quando uma pessoa deixa de ser o teu mundo e quando vês, ela já nem significa o mesmo para ti mesmo quando antes ela era tudo. quando já não encontras motivos suficientes para estar com ela ou até mesmo falar com ela, estranho quando as suas chamadas á noite já não fazem falta ou a sua presença é indiferente. estranho mesmo, é quando voltas a sentir o coração preenchido de tal maneira que não arranjas explicação para o que raio se passa, nem consegues decifrar se tudo o que sentes é pelo teu pensamento ou é mesmo provocado pelo coração. se isto é real, então aconteceu mais depressa do que imaginei e tenho medo disso, tanto que me impede de agir sobre o que quer que seja na minha vida. estou demasiado presa aos meus pensamentos, aos sentimentos que ainda nem sequer percebi. é nestas alturas que precisava de fugir, fugir mesmo e mesmo assim na dúvida se levaria alguém comigo, ou não.

28 de junho de 2012


"(...)Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, (...).Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer."

Margarida Rebelo Pinto

25 de junho de 2012


saio de casa e respiro o agradável vento de verão, sinto-te perto como se fosses o ar quente que me rodeia e drogo-me em ti mesmo sem estares perto, revirando os olhos de loucura, arrepiando-me ao imaginar o teu toque. encosto-me á parede e fecho os olhos, escutando música aos berros e transporto-me para outro mundo, para outra vida, mais feliz, mais calma, mais simples. e continuas em todas em que imagino estar. sorris e quando dou por mim estou a sorrir também. há coisas que ainda tenho para te dizer, que não podem jamais ser escritas ou lidas e com tanta coisa para dizer, acabo por não abrir a boca porque a coisa que quero é não falar, o que preciso é de sentir, mais uma outra vez. e faço isso todos os dias, mesmo sem estares aqui, porque as memórias são mais reais do que imaginei ser possível, elas trazem-me todas as sensações passadas ao presente e é delas que me alimento sempre que preciso de ti. quando me apercebo, estou triste, agustiada, com saudades, estou com tudo menos contigo.
fecho os olhos e esta é a minha vida real: escura, arrepiante, assustadora, sem luz, sem esperança, sem ti.

24 de junho de 2012

quando dei por mim, era tarde: tinha afundado a minha cabeça na realidade. agarrei no cigarro e fumei, como se fosse um hábito que tinha á anos afastando-me de quem passasse por mim, discutindo com os meus botões e com a minha colega que se esforçava para me compreender.
- "diz-me Ana, não dói? quando alguém passa por ti e nem sequer uma palavra te diz? quando está mesmo á tua beira e nem sequer te comprimenta, como se fosses, invisivel? não dói? quando perdes alguém que estava presente todos os dias? quando lhe observas o sorriso que tantas vezes foste o motivo dele aparecer? quando olhas nos seus olhos e lembraste de tudo o viveste e ainda podias viver? não dói? saber que neste momento poderias agarrar nessa pessoa e sentar-te na areia longe de todos e ficarem juntos apenas a preencherem a falta um do outro? responde-me, estou louca? tão louca que chegue para ele estar encravado na minha memória e o seu sorriso ainda a fazer-me bem mesmo sem ser meu? diz-me!"
- "sim, dói. eu sei que dói, eu sei o que isso é!"
e com esta resposta silenciei-me, voltei a roubar-lhe o cigarro e tentei eliminar tudo o que tinha em mente, tudo o que me estava a arruinar a noite, tudo o que me destruia aos poucos por dentro, tudo o que durante anos nunca me saiu da cabeça.

20 de junho de 2012

pergunto-me como é possível achares que realmente estou tão bem como digo ou como aparento. como queres que esteja bem? a sério, como é que alguém acha que me sinto bem?
eu perdi parte de mim, perdi uma pessoa que amo com tudo que sou e tudo o que tenho, perdi uma pessoa com a qual a minha vida estava planeada, perdi uma pessoa que fiz de tudo para não perder. se estou bem? estou, estou apenas por saber que vou sair desta cidade e fazer de tudo para evitar o contacto com quem quer que seja. you know, há dias em que prefiro estar sozinha com os meus pensamentos e a minha música, outros em que tenho obrigatoriamente de estar ao lado de alguém; há dias em que me esfolo para evitar a dor, dias em que sofro demais; há dias em que me apetece agarrar no telemóvel e ouvir a tua voz, dias em que me apetece ligar-te e dizer que sinto a tua falta, dias em que me apetece chamar-te tudo o que é de mau; há dias em que me apetece ir ter contigo e abraçar-te, dias em que me apetece ir ter contigo e dar-te uma chapada; há dias em que daria a vida para acordar contigo ao meu lado, dias em que te quero ver desaparecer; há dias em que penso que tudo vai correr bem, dias em que penso que nada irá ser igual; dias em que penso no que fiz de mal, dias em que reconheço tudo o que fiz de bem; dias em que nao sei o que faça com o tudo o que me deste, dias em que agarro nessas coisas e me abraço a elas; dias em que sorrio, noites em que choro; há dias em que quero desaparecer, dias em que preciso de ficar; há dias em que todo o medo se apodera de mim, dias em que sou forte como ferro. e a cada dia que passa não sei se lute, não sei se esqueça, não sei se chore, não sei se desapareça, não sei se ame. sinto que metade de mim faleceu, e o que me mantém viva são os momentos. queres mesmo saber? não, não estou absolutamente nada bem e sim, sinto a puta da tua falta, muita. e sim, amo-te imenso, mais do que devia. espero que tenhas uma boa vida, eu estou farta de tentar ficar nela. assim como farta de ser desiludida, farta de ter tudo e do nada alguém me roubar o que tenho de melhor, farta de lutar e ninguém reconhecer, farta de amar e ninguém retribuir, farta de querer e ninguém se esforçar para dar, farta, farta de tudo.