6 de outubro de 2013

'como não me lembrar do teu sorriso lindo a abrir-se para mim? do teu olhar sem graça, as tuas mãos confusas, brincando com o nada enquanto fazias o pedido mais lindo de todos: "não me olhes assim"? como não me lembrar da tua boca a encontrar-se com a minha, afastando-se logo de seguida para me dizer que "o meu coração está disparado"? como não me lembrar da intensidade de um abraço, de encostar a cabeça no teu ombro, e ouvir-te dizer que me amas? como não me lembrar da tua risada ao me pedires para parar de desalinhar o teu cabelo? como não me lembrar do teu desespero quando te roubei um beijo ao me despedir? como não me lembrar da surpresa ao sentir os teus braços ao meu redor, a envolver-me quando eu menos esperava? como não lembrar da confusão que fizeste na minha vida, mostrando-me que é assim que se vive melhor? como não me lembrar de todos estes detalhes com as lágrimas a saltar aos olhos e o coração apertando de saudade dentro do peito? impossível não me lembrar o quanto te quero, o quanto me fazes falta, o quanto a saudade me consome.. o quanto eu te amo!'

Caio Fernando Abreu
(adaptado a português)