21 de julho de 2015

assombrações

não vale a pena negar ou fingir, eu sei, eu sei que sou dramática, neurótica, insatisfeita, talvez organizada demais, carente demais, mimada também.
eu sei que sou insegura, desconfiada, louca, talvez controladora demais, pensativa demais, imaginativa também. 
o mundo é hoje tão cheio de opções se não estivermos juntos, mas todas elas não me interessam porque eu poderia fazer 1001 coisas sem ti mas eu prefiro ver-te comigo inclusive porque tudo o que poderia fazer ou viver não faz sentido se não estiveres lá, sem essa presença inexplicável. 
ás vezes sinto que não estás aqui, mesmo quando te vejo a meu lado. eu tento escrever uma vida mas detestas os meus rumos e regras e eu detesto o teu sono e a tua ausência ! eu detesto o teu riso forçado, o teu virar de costas e o fechar da porta com força, detesto os teus gritos a latejar na minha cabeça, detesto a tua falta de interesse por mim, pelo que te digo ou pelo que faço! detesto quando me deixas sozinha, quando não me deixas falar, explicar, gritar também o que sinto ou o que se passa, quando queria tanto que me resgatasses, me pegasses ao colo como me fazia o meu pai em criança, sem dizeres nada, pelo menos só para sentir que estás aqui. 
e fico sozinha, enquanto na auto estrada da minha mente passa a 300km/h todos os medos. quando falo detesto quando tentas diminuir o volume do som ou mudar o canal, como se eu fosse algum programa desinteressante e aborrecido que está a passar na televisão, e eu penso: mas o problema sou eu ? devo ser directa demais, ou então tão carente que espero que o mundo inteiro me dê tanto quanto eu ofereço. não sou coitadinha nenhuma, sou uma miúda adulta que ainda não sabe lidar com uma porcaria chamada personalidade e pelos vistos nem os outros, nem tu. uma mistura de sarcasmo, inocência e quem sabe ás vezes um pouquinho de veneno também no meu sangue. um parasita a saltitar por aqui a pedir sempre mais e mais. mais atenção, mais compreensão, mais tudo ! porque não gosto de meios termos, ou é 8, ou 80.

9 de julho de 2015

devaneios

perdi.me. 
perdi-me entre caminhos e sentimentos cruzados aleatoriamente como um fio de uns auriculares arrumados, formaram-se sozinhos, tão confusos e voltei a encontrar-me. encontrei-me contigo, em ti.
ainda hoje não sei como o fiz, como tive toda a coragem de recuperar, de sorrir tanto. não sei como foi possível voltar a ser enganada, enfeitiçada mais uma vez. por loucura, atracção, carência talvez? 
e meti-me a reler mensagens, rever fotografias, relembrar o flashback que passou por mim de rajada a obrigar-me a recuar no tempo por um bocadinho.
meu deus, como eu era tão inocente, adolescente sem pinga ás vezes de inteligência, a percorrer caminhos novos sem o mínimo do conhecimento, obrigada pela mente a seguir os trajectos do meu coração incerto. deixei-me ir ter contigo,apaixonar-me novamente, perder-me, libertar-me. e gostei de ti. gostei mesmo. merda, grande erro ! dos melhores erros que um dia cometi.