24 de janeiro de 2011


escrevi-te até ficar exausta, até terminar de esboçar os meus sentimentos num papel sem o mínimo significado; conseguia escutar o eco do tilintar ensurdecedor de cansaço dentro da minha cabeça e já custava suportar o ardor dos olhos que, depois de tanto tempo voltaram a saber o que era chorar.
tinha tanto para te dizer, tantas palavras que se encontravam presas no fundo do meu pensamento, milhões de perguntas ao qual precisava de uma resposta.
apareces-te em mim sem pré aviso, sem uma desculpa existente ou um motivo suficiente, eras mais um dos tantos desconhecidos que tinha em pleno facebook, alguém que nem sabia de onde era, que idade tinha ou sequer o que fazia, seguíamos caminhos opostos um do outro e nenhum de nós adivinharia um dia que viríamos a seguir o "mesmo".
fizeste-me sentir completa e feliz mesmo quando poderia ter todos o motivos para estar mal, sempre me apoias-te, não me deixas-te tropeçar no meu caminho; poderia sufocar, desesperar e desejar sumir daqui para fora mas tu soubeste como me "colocar" no meu sitio e amparaste-me as lágrimas quando mais precisei. Prometeste-me algo que disseste durar para além desta vida a alguém como eu que deixei de acreditar nessa dávida perfeita do "para sempre", em mim que achei que isso era demais, que já era impossível de alcançar; ensinaste-me como viver o momento tranquilamente e assim a acreditar no que um dia pensei que teria perdido, no que um dia pensei que mais ninguém iria "ressuscitar".
o nosso apego nunca falhou e se fosse agora ou em qualquer dia da minha vida, nunca mudaria uma palavra dita entre nós, não mudaria o meu trajecto nem mesmo a curiosidade em me querer aproximar de ti, não alteraria qualquer chamada, qualquer sms, a quantidade de caracteres que escrevi, qualquer vocabulário utilizado, qualquer palavra estúpida ou erros ortográficos e contas mal feitas;
mais uma vez expus as minhas "cartas" em cima da mesa e apostei fortemente em ti e disso também não me arrependo, reconfortou-me a tua presença no meu coração e no pensamento e isso é o que me mantém acordada, o que mantém a minha pulsação activa por saber que estás comigo pois entreguei-te bastante de mim e tu aceitaste isso lindamente.
tentei vagamente não cair no buraco que lentamente se abria entre nós, sempre cedi á tentação de falar contigo, de me sentir perto de ti mas a cada segundo sentia-te a escapar-me por entre linhas e parágrafos, havia um silêncio misterioso a formar-se em ti.
e hoje, mal acordei depois de 2 horas mal dormidas senti a tua falta, lá estavas tu a invadir o meu pensamento imperdoavelmente.
não consigo muito tempo manter-me longe, não depois de teres conseguido o meu apego, não depois de te conseguir amar como um verdadeiro irmão e um exemplo de pessoa na minha vida, não depois de te teres tornado um orgulho imenso como te tornas-te e consegues ser-me tanto, do tanto de bom que exista.
e eu, eu a pensar que serias um estranho na minha vida, um mero desconhecido para ao qual eu nunca iria "olhar" e que agora sei, sei o preciso espaço que ocupas na minha vida e o quanto te amo.

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