31 de agosto de 2011


"mesmo que te possa deixar mais em baixo do que que te lembras. magoar-te, mais do que pensavas que era possível. confundir-te um milhão e uma vezes e, mesmo assim, tu nunca pareces realmente lidar com isso.
mesmo através de tudo, tu ainda te apaixonas. outra e outra vez. porquê? por causa do sentimento que tens quando ele diz "eu amo-te". por causa da forma como uma pessoa parece fazer tudo parecer melhor com os seus braços á tua volta. porque ninguém mais te faz sorrir por fazer apenas as coisas mais simples.
não é estranho, que nunca desistimos. tentamos e tentamos novamente, não importa o quanto temos sido magoados, nós ainda pensamos, nalgum lugar lá dentro, vamos buscar o nosso "felizes para sempre"."

Traduzido de um texto inglês para português.

onde raio está o meu "felizes para sempre"? e como raio ainda o consigo procurar no meio desta confusão?
"No final de mais um dia, confesso às palavras a dor que sinto, a tristeza que me invade e a confusão em que vivo. Perco-me nas letras que cuidadosamente se formam em palavras de dor, de tristeza e de confusão. São guiadas por um espírito desesperado e ganham a vida de ...uma alma cheia de sofrimento e de desânimo. Não interessa a forma que ganham enquanto os dedos digitam cada carácter, apenas a voz que desesperadamente gritam quando se realiza uma leitura rápida. Liberto nas palavras o ódio que sinto por mais momentos de fracasso numa vida que caminha calmamente para o abismo. Um abismo que se vai anunciando aos poucos e isso…bem, isso tortura-me, tira-me o sorriso do rosto bem como a força que me resta. Diante das letras, arranco a dor que me invade, a tristeza que me acompanha e a confusão que habita em mim. Digo-lhes o que penso e elas juntas dizem-me o estado em que se encontra a minha alma. Sem saber o que “dizer”, sem saber o que escrever, escuto a chuva que cai no telhado, o barulho que o vento calmamente tende a mostrar e respirando fundo sinto no meu interior o desespero…a tentativa do meu espírito se soltar…se libertar…da espécie de corrente sombria que lhe acorrenta a um sentimento de desespero e angustia. Cansado desta sensação, hoje resolvi colocar a dor, a tristeza e a confusão num “saco”. A este saco dei-lhe o nome de “esperança” e bem apertado pousei junto ao parapeito da janela…na esperança que o vento o leve…e o abra bem lá no ar…e que a brisa húmida espalhe cada pedacinho de dor, cada bocadinho de tristeza e cada restinho de confusão que eu resolvi deitar fora…e quando acordar me sentir livre, com força e com a sorte que infelizmente não quer nada comigo. Perdido nas palavras de dor, de tristeza e de confusão vou deitar-me e sonhar com um momento melhor…momento esse que numa situação idêntica me faça perder em palavras de alegria, de bem-estar e de certeza que tudo está no trilho certo."

Escrito por Rafael Marques

o que hei-de eu de dizer sobre isso? sinto-me estupidamente do mesmo modo que tu. há que ter força, certo?

29 de agosto de 2011


- "sei que não é a melhor altura mas amo-te apesar de tudo, não te esqueças disso! até um dia, vou-te dar o espaço que sempre quises-te." - disse-lhe.
(...)
- "amo-te".

(quis responder, mas não o fiz.)


tu não entendes, muito menos tentas entender. dizem por aí que és forte e consegues dar a volta por cima de todos os problemas mas será que é assim tão fácil e que é a realidade? em 4 anos dizes que me compreendes e que sabes que não é fácil mas no fundo não sabes é de nada! essa tanta facilidade que os outros vêm em ti de enfrentar as coisas não passa da tua dupla face. eu conheço-te á anos e se há coisa que não acredito é que sejas assim tão forte e na verdade não és nem nunca foste porque nunca soubeste lutar por nada, nem mesmo pelo que amas ou por quem amas pois sempre tiveste tudo ao teu alcance e nas tuas mãos. tu não lutas, tu choras para que as coisas voltem; tu não falas, não mantens uma atitude de homem, tu lamentas-te e fazes de tudo para ter razão; o teu pedido de desculpas é apenas uma simples palavras e não várias; dizes que te arrependes mas voltas sempre a repetir o mesmo erro; dizes que me amas mas metes-te com outras; que me queres mas nem me ligas ou mandas mensagem; dizes que também te custa mas estás a seguir a tua vida aparentemente bem; que provavelmente vais lutar mas nem da cadeira sais-te para vires atrás de mim; dizes que não me queres perder mas estás a fazer de tudo para te deixar sozinho. então como raio queres que acredite que me entendes?
já sentis-te alguma vez na tua vida aquela sensação de apenas ficares á espera? á espera de ir para casa e enfiares-te no quarto, trancares a porta e caíres na cama de sono para nem pensar em nada? a sensação de acordares cansado, cansado de tudo e de nada, de querer estar com a tua família e os teus amigos para te divertir e esquecer tudo, de pedir ajuda aos melhores amigos e mesmo que eles digam milhões de palavras é o mesmo que estarem calados? a sensação de ser surpreendido por quem menos esperas e que te venham dizer finalmente que está tudo bem mas nunca ninguém aparece? de saberes que vais ter de ser forte e aguentar por ti mesmo, por saber que nem mesmo quem amas vai cá estar para reparar os erros? depois segue-se o cansaço de esperar, de esperar que tudo se resolva, o cansaço de ser forte e de querer de uma vez que as coisas fossem fáceis (mas nunca foram, não são nem nunca serão). mas o melhor de isto tudo é continuar á espera, continuar a desejar, a ser forte e a lutar; sempre mergulhada em lágrimas e a lutar e eu não percebo porque isto não deveria ser assim quando tu provavelmente nem pensas da mesma forma que eu. eu deveria desistir de ti de vez como me estás a mostrar mas sinceramente:

28 de agosto de 2011


"ainda podemos ser amigos?" alguém pode verdadeiramente ser amigo novamente depois de acabar uma relação?
 tu dás tudo a alguém. por sua vez, ele aprende tudo sobre ti, cada facto insignificante. mas de repente desaparece. ele não é mais teu e é suposto de alguma forma falares com ele. haverá pausas estranhas, onde o "amo-te" costumava aparecer e as conversas coloridas vão-se tornar aborrecidas e dolorosas. e mesmo se passarem anos. tu ainda não vais falar normalmente porque falar com ele de todo, irá lembrá-te o porquê de te apaixonares por ele em primeiro lugar.

27 de agosto de 2011

quero que leves isto como um desabafo. sinceramente preferia estar apaixonada por ti sem nunca ter tido nada contigo do que estar e ter tido alguma coisa. sabes, ao menos no tempo em que me apaixonei por ti nunca tive coragem de dizer que te amava ou que te queria comigo pois tinha medo de perder a tua amizade ou de levar um "não" por isso sempre consegui controlar as minhas palavras e sentimentos, sempre vivi na espectativa de te ter um dia mesmo que isso não acontecesse. agora que te tive na minha vida e perdi o medo de dizer o que sinto, de dizer que te amo, que te quero ou mesmo que sinto a tua falta, esta seria a tal altura em que era necessário controlar-me como antes, mais uma vez, para não ser rejeitada mas também para ser positiva e pensar que um dia te tinha, não para pensar em tudo o que tivemos e agora se perdeu.
não estou arrependida de nada, apenas sinto falta de certas sensações, de certos momentos e de ti, principalmente de ti !

25 de agosto de 2011


lembro-me perfeitamente da minha mãe me dizer á umas semanas: "sabes, eu e o teu pai namorámos nove anos e eles não foram perfeitos; ele não namorava apenas comigo mas com muitas mais e eu deixei-me andar apesar de tudo, claro que posso ter sido burra mas gostava dele. no fim de tantas raparigas que ele teve, pediu-me em casamento e sabes o que isso significa? que ele escolheu a melhor para ele, a que estava sempre lá, a que nunca o deixou sozinho, a que realmente se destacou e contigo tenho a certeza que será o mesmo. no fim de tudo isto ele irá ver o que perdeu, que te quer a ti, que foste de longe a melhor que ele teve por isso não te preocupes; segue a tua vida mas nunca deixes de acreditar!". ao inicio achei tudo isto ridículo, eu sou muito nova para servir de brinquedo a alguém mas ontem percebi finalmente o que ela quis dizer.
surpreendeu-me de todo sem saberes de nada, teres vindo com a mesma conversa da minha mãe depois de termos terminado quase quatro anos de namoro. quando me soubeste dizer: "Rita, eu amo-te e sei que te vou amar sempre pela simples razão de teres sido a primeira, por teres sido a que realmente um dia me ocupou" vieram-me as lágrimas aos olhos de uma maneira tão pura, não apenas por tristeza de saber que perdi tudo o que um dia foi "perfeito" mas também porque sei que te amo imenso e finalmente percebi a minha mãe.
sei que ela esperou nove anos para que o meu pai finalmente tomasse o caminho melhor, mas quanto a mim sei que de um lado conseguiria ser forte e paciente tal e qual como ela foi como também haveria de me cansar de esperar. sabes, a vida não é nenhum conto de fadas como um dia chegámos a imaginar, não és o príncipe que me veio buscar num cavalo branco muito menos o felizes para sempre existiu; por isso te digo que tanto saberei esperar por ti como saberei desistir se demorares a procurar-me.

i love you, i really do !

24 de agosto de 2011


é dificil esperar por uma coisa que sabes que talvez nunca aconteça; mas é mais dificil ainda desistir quando pensas e ás vezes sabes que é tudo o que queres e precisas!

23 de agosto de 2011


APETECE-ME TANTOOOO DIZER-TO !

22 de agosto de 2011


"Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo,mas são fáceis de se conseguir.
Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, eles estão errados...
(...)"

Machado de Assis
no really, STOP !

20 de agosto de 2011

já nem é habitual sequer, aparecem-me a meio da manhã ou ao fim da tarde, ás vezes á hora de jantar ou quando estou sossegada na piscina; ás vezes no banho ou até mesmo quando estou a divertir-me; é sempre a mesma coisa e começa a irritar. aparece do nada, sem eu pedir, sem eu querer e mesmo que me esforçe não serve de nada. não é necessário que digam o teu nome, que me perguntem por ti ou que olhe para o relógio que me deste, NADA ! dou por mim a sonhar acordada com as minhas memórias (tuas memórias; nossas memórias) e mete impressão sabes? estava na altura de te esquecer, de te apagar de mim, de eliminar as fotografias, de arrumar as nossas coisas; mudar de número, mudar de rumo, mudar de vida! como parece irónico dizer isto assim quando na realidade ainda não consegui fazer nada! ás vezes ainda dou por mim a olhar para o telemóvel á espera de uma mensagem tua, de uma chamada. ás vezes ainda sonho pelo dia que me ligues a meio da noite e me digas "desculpa, fui um idiota; és a melhor pessoa que um dia tive comigo e tenho saudades disso. eu amo-te!", ás vezes ainda anseio pelo dia que em que envies uma mensagem de me fazer chorar de orgulho, pelo dia em que que assumas de vez o que queres na tua vida. o problema é que mesmo que te queira e mesmo que ainda tenha de pensar, não vejo vontade de lutar da tua parte; parece que fizes-te merda e percebes-te que me perdes-te de vez mas estás tranquilo com isso, parece que acabarmos de modo trágico foi a maneira de nenhum se mover para consertar os erros. não sei, pode estar tudo acabado mas infelizmente o que sinto por ti e o que um dia tivemos nunca irá desaparecer!
 i really do and i don't want to :c
é assustador relembrar que um dia foste meu e agora já não te tenho.


A-S-S-U-S-T-A-D-O-R !

17 de agosto de 2011


ausentei-me de minha casa, da tua e das nossas coisas. está mais frio aqui, um gelo insuportável que dificilmente aguento, um frio interior que me corrói o estomago e o coração. hoje somente existem ecos e eu encontro-me a um canto do desconhecido, longe da minha casa, da tua casa; juro que por momentos consigo sentir-me a desfalecer mesmo quando liberto um sorriso, parece que nada adianta, nada encaixa.
queria viver até ao fim da minha vida na tua casa, tu sabes, aquela onde me convidas-te a ir e a ficar o tempo que quisesse, aquela minuscula e confortavel casa, aquela que julguei ser minha sempre, tu sabes, o teu coração, a melhor onde alguma vez vivi, aquela onde fui mais feliz.

p.s: faz-me um favor, não penses que acho isto ou aquilo de ti, não penses que nunca te perdoarei, nem nunca te irei olhar mais para a cara porque as coisas podem ser totalmente o contrário. se és tu que queres terminar o capitulo e começar outro diz logo, eu hei-de cair mas não passarei do chão desta vez.

16 de agosto de 2011


eu também o amava e olha o que deu, agora ando a viver na ignorância. mas também se fosse a pensar como tu e nos erros que ele cometeu nunca o queria de volta, mas infelizmente acontece o contrário. tu também sofres-te imenso pelo meu irmão, ele também fez merda contigo e tu no entanto continuas a falar dele depois destes meses todos, continuas a pensar nele, a gostar dele, a quere-lo contigo, a querer vê-lo e tentar de novo mas tens medo que aconteça o mesmo, tens medo de levar para trás outra vez. como se diz, o que não nos mata torna-nos mais fortes e se correr mal estarei aqui para ti tal como tu estás para mim. não penses desse modo, eu também estou a morrer por dentro com tudo o que está a acontecer e no fundo também o quero de volta quando não deveria querer, quando o devia tirar da minha vida.

agora somos as uas, a lutar para apagar metade das memórias mas sem desistir de outra metade.
obrigado pela força que me tens dado, quero-te (nos) bem! Andreia

15 de agosto de 2011


há males que ás vezes vem por bem e o positivo de tudo isto foi ter-te junto a mim duma maneira que nunca tive e se calhar nunca teria. sempre gostei de ti, da tua simpatia e do modo que me abraçavas ou a festa que fazias quando me vias mas nada se compara á proximidade que agora temos. sei que ainda não é o momento apropriado para dizer que estou feliz quando a verdade é o contrário e tu sabes mas agradeço-te imenso pelos sorrisos que me tens metido na boca ou até mesmo por falares comigo que acalma e ajuda o tempo a passar mais rápido. mais uma vez, quero que saibas que quero o teu bem acima de tudo e apesar de ter partilhado tudo e ter desabafado contigo quando mais precisava disso, eu nunca quis (de longe) afastar-te de alguém ou estragar alguma coisa, nunca foi a minha intenção. e sabes que se for preciso eu mudar alguma coisa na tua vida eu faço-o porque somente quero a tua felicidade tal como tu queres a minha. é em momentos maus que se vêm onde estão os verdadeiros amigos, eles vem mesmo sem ter de falar, eles percebem por si mesmos que algo está diferente e mudado mas neste caso tu desabafas-te comigo e eu fiz o mesmo porque é raro as vezes em que consigo conter o que sinto, é raro saber controlar os meus pensamentos. consigo passar uma vida inteira a dar importância e a valorizar gente que no fim não merece nada, consigo ver apenas essa gente nos momentos onde estou bem e estou feliz mas nos maus? fogem todos a sete pés. a isso chama-se abre olhos e eu já apanhei imensos, já "tropeçei" em imensos "amigos", tantos que já lhes perdi a conta. Hoje tenho a alegria de dizer que te tenho a ti e aos meus melhores amigos, os meus VERDADEIROS amigos a apoiar-me, os verdadeiros que sei que nunca me vão abandonar, os verdadeiros que me ligam todos os dias a perguntar se estou bem, os verdadeiros que me ouvem sempre que preciso e os verdadeiros que sabem que podem contar comigo da mesma maneira e tu sabes que estou aqui, sempre ! com nada demais a acrescentar, agradeço-te mais uma vez por tudo o que tens feito. amo-te, sabes disso.

Adriana T.

eram três da manhã, liguei a luz e rasguei impiedosamente a nossa fotografia, rasguei essa memória imortal numa tentativa de a esquecer e voltei a tentar dormir.
já é a terceira noite em que durmo no sofá, chegou apenas duas noites para entender que não suportava mais deitar-me naquela cama enquanto o teu aroma não desaparecesse, não era saudável entrar naquele ambiente cheio de memórias nossas e de nada servia para esquecer o que deveria ser esquecido.
e a verdade é que não me quero esquecer, simplesmente porque é dificil esquecer uma coisa que tem tanto para lembrar como nós temos. para além disso, como raio posso seguir em frente quando ainda te amo? quando ainda sinto que preciso de ti?
está tudo do avesso, já nem sei o que ando a fazer. tanto passo horas a ocupar os espaços em branco que te pertencem como tento que te afundes na minha memória de vez. o único medo que tenho é perceber realmente que o melhor para mim és tu e no fim tu já me viras-te as costas sem retorno.

12 de agosto de 2011

eu queria gritar-te os parabéns ao telemóvel e tu não atendes-te :c
anyway, desculpa o que aconteceu mas não passou de mais um abre olhos e tal como to faço pessoalmente e tu não o levas a mal, muito menos o deverias fazer quando é por telemóvel mas passou; não quero estragar nada por uma estupidez. estou sem inspiração nenhuma para escrever coisas elaboradas e queria imenso estar neste momento ao teu lado e a comemorar o dia de hoje!
amo-te, desde á imenso tempo e apesar de tudo o que um dia vivemos os dois (bom ou mau) tu sempre foste parte de mim. orgulho-me do que fizes-te por mim na quarta, significou tudo ter-te a apoiar-me. sei que não é fácil ouvir-me e muito menos compreender-me mas a verdade é que estás sempre aqui quando preciso de ti e só te tenho a agradecer por isso e muito mais; por todos estes anos que apesar de complicados nunca nos afastaram totalmente. mais uma vez obrigado, espero que estejas a ter um excelente dia e acima de tudo parabéns!
amo-te, até ao fim!

Rúben Neves

11 de agosto de 2011


podes pedir desculpa milhões de vezes, dizer que me amas as vezes que quiseres, dizeres o que quiseres, quando quiseres. mas se não provares que as coisas que dizes são verdade, então mais vale não as dizeres. porque se consegues mostrá-lo, as tuas palavras não me servem para nada.

infelizmente.

10 de agosto de 2011


era um dia normal: andavas sorridente a levar-me para todo o lado, fazia sempre tudo o que querias e no fim do dia, deixaste-me deitada na cama mais bonita da casa e por fim foste-te deitar também. no dia seguinte apareces-te mas diferente, levantaste-me bruscamente e sentaste-me no chão do quarto encostada á parede até que apareceste com outra. ela era morena e a sua silhueta era aparentemente bonita e tu olhávas para ela de modo diferente, de um modo mais especial ao que olhavas para mim. sentaste-a na cadeira virada para ti e ali ficas-te preplexo a apreciar algo dela que eu não conseguia revelar. deixaste-me ali, horas naquele quarto sózinha, á espera que me levantasses e me penteasses o cabelo, á espera que me desses um beijo de boa noite e me deitasses carinhosamente na mesma cama mas ali fiquei em silêncio mais uma vez á espera. decidis-te tirar-me de lá, meter-me fora de casa e colocar-me numa caixa e pela sua transparência somente te vi todos os dias sentado em frente a ela, a contemplá-la.
foi aí que me fartei e de uma vez me decidi: "deixei de ser a tua boneca e comigo, não brincas mais ás casinhas!"

and then, i will bring you back and i will fucking kill you again (:

9 de agosto de 2011

8 de agosto de 2011

sei que a nossa relação nunca foi das melhores, que o teu apego por mim nunca foi suficiente para um dia me amares como amiga e não só como membro da familia. nunca tivemos necessidade de nos abraçar muito menos de estar sempre juntos, aliás, nunca soubemos o que isso era. sempre te amei desde que te conheço mas tu nunca soubes-te, nunca te abraçei com medo de levar um empurrão, nunca pude contar com a tua presença sempre que precisasse pois tu viravas-me as costas, nunca pude dar a minha opinião porque tinha medo que me gozasses e muito da minha infância foi assim quanto a ti e ao teu irmão. tirando isso, estou feliz por agora contares comigo para o que precisares e tenho orgulho nisso porque sempre estive aqui e estou, todos os dias da minha vida para isso. no meio de todos os meus amigos e familia sei sempre o espaço que ocupas em mim e quero que saibas que apesar de tudo, nunca deixei de admirar ou valorizar a tua pessoa, desses-me ou não para trás. sempre tentei não ligar a isso porque para mim serás sempre um bom amigo para além de primo. todos temos os nossos defeitos mas também sabemos ser pessoas fantásticas e sei que não vale a pena ligar ao que um dia foste mas sim ao que agora és. estarei sempre ao teu lado, seja de que modo for, em que altura for. tudo isto parece ridiculo mas é o que sinto e era na altura de to dizer. sem mais conversa de ir ao cu, parabéns primo! quero-te feliz, todos os dias da tua vida!

João Alexandre.

4 de agosto de 2011

tenho já de começar por te espetar um enorme sermão em cima tendo em conta que há coisas que como em toda a gente, ficam atravessadas na garganta. é complicado começar pois sinto que tenho imenso para te dizer, tanta coisa presa no pensamento que tenho de deitar cá para fora mas acima de tudo isso tenho ainda mais receio de me esquecer de algo o que é ainda mais agonizante. antes de tudo o que tenho para te transmitir, quero começar por te dizer mais uma de tantas outras vezes que estou aqui para todos os momentos, sejam eles bons ou não e que isso nunca mudou, mas inúmeras vezes fazes-me sentir como se estivesse presente apenas para os bons, em que estás feliz, em que precisas de opiniões sobre músicas, fotografias ou outros afins mas afinal de contas todos os momentos em que queria ser mais útil na tua vida é onde não sou, ou pelo menos é o que dás a entender. Sabes que estou a dizer isto de coração e que se antes tinha duvidas agora tenho certezas depois de tanto aviso que te fiz sobre isso, como tua melhor amiga sinto que uma parte de mim já não está contigo e é a parte de te ouvir, de te apoiar, de te por um sorriso na cara e te dar a minha opinião sobre assuntos que te sentes desconfortável. Poderia agora não estar a falar nisso mas a verdade é que falo porque sei onde me apoio neste pensamento e neste caso coisas tão simples como os teus estados no facebook e maneira como os escreves e o que escreves, coisas tão simples como falarem-me de ti e contarem-me coisas que ainda não sabia, muito menos se iria saber e a verdade é que só me faz perguntar a mim mesma para que raio sirvo na realidade. a questão é que sempre que te avisei tu pedias desculpa mas passado umas semanas o caso voltava-se a repetir e isso custa e dói porque sempre te garanti desde inicio que estaria ao teu lado fosse qual fosse a situação. a verdade é que ainda estou aqui como sempre porque tenho imenso respeito por ti e porque és o meu melhor amigo. outra razão para te dizer isto é porque te sinto distante de mim cada vez mais e para distâncias já me chega a física, claro que não preciso dos teus telefonemas a toda a hora, das tuas mensagens a todo o minuto e sei que não tenho razão para me queixar disso pois eu também não o faço mas estou a falar disto não por esse motivo, mas pelo facto de apesar de não mantermos contacto todos os dias prometemos a ambos partilhar tudo e contar tudo um ao outro (mais uma vez fossem assuntos graves ou não) mas passou imenso tempo desde a ultima vez que me ligas-te a pedir ajuda e as tuas preocupações começaram a ser publicadas diante toda a gente na porcaria da net e eu sempre esperei, sempre esperei que me ligasses segundos depois daquilo a contar tudo e nem uma chamada recebi até hoje até porque sempre fui eu a ligar e perguntar o que se passava quando o curso natural das coisas seriam ao contrário. Não sei se estou a ser injusta, mas a verdade é que és dos primeiros a saber de toda a minha vida se for necessário e tenho a certeza que nunca a soubeste a partir do face ou de outras pessoas e aí está a diferença que te quero fazer mostrar. com isto tudo que nem é metade do que ainda tenho para te dizer só te peço, peço-te sinceramente por favor para me ligares quando precisares de mim, quando tiveres algo que achas importante e queiras contar, sim que QUEIRAS, porque com esta indignação toda não quero que penses que exijo saber tudo de ti mas pelo menos as coisas que são básicas e acima de tudo aquilo que sentes.
tirando tudo isto e pedindo o que tinha a pedir, a verdade é que já passou um ano e á um ano atrás estava no mesmo sofá, em frente ao mesmo computador a falar contigo e o que mudou afinal? pouco. O teu sorriso continua a encantar-me, a tua parvoíce continua a animar-me, a distância continua a f**** tudo, é apenas um ano que passou. continuas a ser das melhores presenças junto de mim, das primeiras pessoas que me sabe meter a sorrir e a seguir em frente e só te tenho a agradecer por isso. se tivesse uma dia que pudesse voltar atrás não mudaria nenhuma palavra entre nós, nenhum abraço que me deste, nenhuma piada que mandas-te, nenhum telefonema de 9 horas, nenhum testamento que me envias-te, nem mesmo erros ortográficos ou palavras mal escolhidas, absolutamente nada! sabes, ás vezes sinto a tua falta e muitas vezes lembro os poucos mas extraordinários momentos em que tivemos juntos, como o primeiro dia em que me chamás-te de melhor amiga, os dias após que nunca me largavas, o dia em que andámos nos baloiços feitos parvos, as vezes em que me pegavas ao colo, em que me dizias "eu amo-te", o dia do teu aniversário, o dia em que apanhas-te a maior bebedeira que alguma vez vi e que no meio da praça em plenas onze da noite te ajoelhas-te e gritas-te "olhem para esta gaja boa", em que disses-te que irias estar sempre comigo e é isso que está sempre dentro do meu coração a todo o segundo.
amo-te melhor amigo, até ao fim dos meus dias! serás sempre parte de mim e da minha vida.

1 ano, Edgar Simão.

3 de agosto de 2011


“Espero por ti porque acho que podes ser o homem da minha vida. E espero por ti porque sei esperar, porque nos genes ou na aprendizagem da sabedoria mais íntima e preciosa, há uma voz firme e incessante que me pede para esperar por ti. E eu gosto de ouvir essa voz a embalar-me de noite antes de, tantas e tantas vezes, te encontrar nos meus sonhos, e a acalentar-me de manhã, quando um novo dia chega e me faz pensar o quão longa e inglória pode ser a minha espera.”
Margarida Rebelo Pinto

2 de agosto de 2011


"Toco a tua boca com um dedo, toco o contorno da tua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse a sair da minha mão, como se, pela primeira vez, a tua boca  se entreabrisse, e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha mão escolheu e desenha no teu rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade, eleita por mim para desenhá-la com a minha mão no teu rosto, e que, por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a tua boca, que sorri debaixo daquela que a minha mão desenha em ti. Tu olhas-me, de perto olhas-me, cada vez mais de perto, e então brincamos de ciclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e os nossos olhos se tornam maiores (...), as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios (...) . Então as minhas mãos procuram afogar-se no teu cabelo, acariciar lentamente a profundidade do teu cabelo, enquanto nos beijamos como se estivéssemos com a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragrância obscura. E se nos mordemos, a dor é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu sinto-te a tremular contra mim, como uma lua na água."

Julio Cortázar
(Reescrito em português)

1 de agosto de 2011

fecho os olhos, volto a ver-te ...
eu tentei de tudo, tudo mesmo: ver filmes, ouvir música, navegar na net, ler e mesmo assim não consigo fazer com que ele apareça. não, não és tu, (não porque não quero mas porque infelizmente não posso) é o sono, ele não aparece outra vez!
eu tentei, encostei a cabeça á almofada e tentei, fechei os olhos, meti os fones e tentei!
são 6 e 40 da manhã e continuo a tentar parar com os pensamentos, a fazer com que saias deles e te vás embora (apenas por um bocadinho).
fecho os olhos, volto a ver-te e... "quero-te!".
como parece tão real essa voz que não me deixa adormecer, esse sussurrar sincero que faz cócegas junto aos meus ouvidos, esses olhos que persistem a olhar nos meus e esse sorriso, esse sorriso, esse sorri... (mordo o lábio) meu Deus!
fecho os olhos, volto a ver-te e ... já te disse que gosto de ti? sim, já te disse o quanto te quero ao meu lado, o quanto preciso de ti também? já te disse que sinto a falta do teu perfume, do teu abraço? acho que já não me importa, a única forma de estar perto de ti é ao fechar os olhos porque te sinto, sinto-te por uns instantes a passar a mão pela minha pele até me dares a mão, a aproximares o teu corpo do meu e a tua boca da minha sem sequer lhe sentir o sabor; já te disse que consigo ouvir a tua voz sem sequer teres falado comigo? já te disse que ... que te ... que te amo? já te disse que não te quero perder? já te disse que ...

"É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te."

Mário Quintana