4 de agosto de 2011

tenho já de começar por te espetar um enorme sermão em cima tendo em conta que há coisas que como em toda a gente, ficam atravessadas na garganta. é complicado começar pois sinto que tenho imenso para te dizer, tanta coisa presa no pensamento que tenho de deitar cá para fora mas acima de tudo isso tenho ainda mais receio de me esquecer de algo o que é ainda mais agonizante. antes de tudo o que tenho para te transmitir, quero começar por te dizer mais uma de tantas outras vezes que estou aqui para todos os momentos, sejam eles bons ou não e que isso nunca mudou, mas inúmeras vezes fazes-me sentir como se estivesse presente apenas para os bons, em que estás feliz, em que precisas de opiniões sobre músicas, fotografias ou outros afins mas afinal de contas todos os momentos em que queria ser mais útil na tua vida é onde não sou, ou pelo menos é o que dás a entender. Sabes que estou a dizer isto de coração e que se antes tinha duvidas agora tenho certezas depois de tanto aviso que te fiz sobre isso, como tua melhor amiga sinto que uma parte de mim já não está contigo e é a parte de te ouvir, de te apoiar, de te por um sorriso na cara e te dar a minha opinião sobre assuntos que te sentes desconfortável. Poderia agora não estar a falar nisso mas a verdade é que falo porque sei onde me apoio neste pensamento e neste caso coisas tão simples como os teus estados no facebook e maneira como os escreves e o que escreves, coisas tão simples como falarem-me de ti e contarem-me coisas que ainda não sabia, muito menos se iria saber e a verdade é que só me faz perguntar a mim mesma para que raio sirvo na realidade. a questão é que sempre que te avisei tu pedias desculpa mas passado umas semanas o caso voltava-se a repetir e isso custa e dói porque sempre te garanti desde inicio que estaria ao teu lado fosse qual fosse a situação. a verdade é que ainda estou aqui como sempre porque tenho imenso respeito por ti e porque és o meu melhor amigo. outra razão para te dizer isto é porque te sinto distante de mim cada vez mais e para distâncias já me chega a física, claro que não preciso dos teus telefonemas a toda a hora, das tuas mensagens a todo o minuto e sei que não tenho razão para me queixar disso pois eu também não o faço mas estou a falar disto não por esse motivo, mas pelo facto de apesar de não mantermos contacto todos os dias prometemos a ambos partilhar tudo e contar tudo um ao outro (mais uma vez fossem assuntos graves ou não) mas passou imenso tempo desde a ultima vez que me ligas-te a pedir ajuda e as tuas preocupações começaram a ser publicadas diante toda a gente na porcaria da net e eu sempre esperei, sempre esperei que me ligasses segundos depois daquilo a contar tudo e nem uma chamada recebi até hoje até porque sempre fui eu a ligar e perguntar o que se passava quando o curso natural das coisas seriam ao contrário. Não sei se estou a ser injusta, mas a verdade é que és dos primeiros a saber de toda a minha vida se for necessário e tenho a certeza que nunca a soubeste a partir do face ou de outras pessoas e aí está a diferença que te quero fazer mostrar. com isto tudo que nem é metade do que ainda tenho para te dizer só te peço, peço-te sinceramente por favor para me ligares quando precisares de mim, quando tiveres algo que achas importante e queiras contar, sim que QUEIRAS, porque com esta indignação toda não quero que penses que exijo saber tudo de ti mas pelo menos as coisas que são básicas e acima de tudo aquilo que sentes.
tirando tudo isto e pedindo o que tinha a pedir, a verdade é que já passou um ano e á um ano atrás estava no mesmo sofá, em frente ao mesmo computador a falar contigo e o que mudou afinal? pouco. O teu sorriso continua a encantar-me, a tua parvoíce continua a animar-me, a distância continua a f**** tudo, é apenas um ano que passou. continuas a ser das melhores presenças junto de mim, das primeiras pessoas que me sabe meter a sorrir e a seguir em frente e só te tenho a agradecer por isso. se tivesse uma dia que pudesse voltar atrás não mudaria nenhuma palavra entre nós, nenhum abraço que me deste, nenhuma piada que mandas-te, nenhum telefonema de 9 horas, nenhum testamento que me envias-te, nem mesmo erros ortográficos ou palavras mal escolhidas, absolutamente nada! sabes, ás vezes sinto a tua falta e muitas vezes lembro os poucos mas extraordinários momentos em que tivemos juntos, como o primeiro dia em que me chamás-te de melhor amiga, os dias após que nunca me largavas, o dia em que andámos nos baloiços feitos parvos, as vezes em que me pegavas ao colo, em que me dizias "eu amo-te", o dia do teu aniversário, o dia em que apanhas-te a maior bebedeira que alguma vez vi e que no meio da praça em plenas onze da noite te ajoelhas-te e gritas-te "olhem para esta gaja boa", em que disses-te que irias estar sempre comigo e é isso que está sempre dentro do meu coração a todo o segundo.
amo-te melhor amigo, até ao fim dos meus dias! serás sempre parte de mim e da minha vida.

1 ano, Edgar Simão.

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