26 de agosto de 2016

os dois telemóveis despertavam mas não me apeteceu levantar, insistiam em que saísse dali mas voltei a mergulhar a cabeça na almofada mesmo sabendo que me restavam apenas 10 minutos para sair da cama. num milésimo de segundo tudo escureceu novamente e num estalar de dedos o telemóvel voltou a tocar. tentei recompor-me, melancólica ainda do sonho que tivera.
como em apenas uns minutos voltei a ver a tua cara?! corriam-me lágrimas pelos olhos, saudade que doía no peito como se desaparecesses da terra de vez. porquê que ainda me atormentas na minha mente? porquê que ainda sinto tanto a tua falta? tu não sentes a minha. 
se tudo voltasse atrás eu nunca te deixaria escapar e não nos largaríamos até ao fim da nossa vida, seria tudo como sempre foi durante tempos, tudo interminável como prometemos um ao outro uma vez. 
sinto que uma parte de mim morreu desde que te foste, como se o irmão que nunca tive tivesse falecido e não o pudesse ver nunca mais mas estás vivo e eu sei, estás feliz e eu sei, estás sem mim e infelizmente eu sei. 
da última vez que te vi não sonhas o quanto me apeteceu abraçar-te, ir a correr para os teus braços como fazia sempre que te via, foi a pior sensação do mundo ter de ficar sentada no meu canto a olhar para ti de soslaio sem poder dizer nada. fui-me embora e senti-me sozinha embora estando rodeada das melhores pessoas da minha vida. o que sinto por ti ainda hoje e provavelmente para o resto da vida é bem mais forte que todo o ódio que poderia ter e acredita que bem desejava odiar-te, matar-te de uma vez na minha cabeça. 
amar-te-ei sempre como meu irmão gémeo de coração, o irmão que se foi e não volta mais, alguém que nunca irei conseguir substituir. 

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