1 de setembro de 2016

finalmente o fim da tarde chegara, agarrei na mota e saí de casa pronta para mais um treino.  stress do trabalho em cima, a minha cabeça numa autêntica bomba relógio, o meu coração adormecido e o físico estourado.
mergulhei.
mergulhei não só na piscina como em mim mesma.
errei, errei desde o primeiro dia em que te respondi, errei a partir do momento em que defendi que tu nunca serias para mim o que és agora. conheci-te, confiei em ti, dei-te o meu abraço, a minha ajuda, o meu tempo e a minha constante preocupação e quando me comecei a apaixonar por cada pormenor teu quase que me afoguei em tanta ilusão, tanta palavra, tanta memória.
nado o mais depressa possível, exactamente à mesma velocidade com que te quero apagar de mim. sem dúvida é dos melhores treinos que fiz, nunca na vida me esforcei tanto dentro de água, nunca forcei tanto o coração a retroceder mas podes crer, nunca me custou tanto a respirar como hoje.
cada braçada que dou é um tormento, cada vez a custar mais, a pesar mais. está a pesar tanto quanto a minha consciência por ter acreditado em tanta coisa que não deveria. dou um último mergulho por fim, com esperança que te afogues, dentro de mim, como se nunca tivesses vindo à tona na minha vida.

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