10 de julho de 2012

eu não me vou gabar, muito menos ser desonesta comigo mesma porque sou uma pessoa com imensos defeitos e feitios, muitos deles insuportáveis e ridículos. gosto imenso de deixar esclarecido o que me vai na cabeça em certos momentos e hoje é um deles. os 18 anos aproximam-se e em todos estes anos já vi, ouvi e experimentei coisas que por muito boas ou más que sejam me fizeram crescer como pessoa. há coisas que nos marcam, coisas que ficam para o resto da nossa vida e é a partir dessas vivências que agimos, pensamos e falamos conforme o que sabemos. pior que marcas físicas, são marcas que nos afectam a nível psicológico, pois a dor passa, o sangue deixa de escorrer, as feridas saram enquanto que uma desilusão ou uma perda permanecem na nossa mente a cada vez que nos tentamos aproximar de alguém. é estranho quando instintivamente começas a avaliar tudo e todos á tua volta, quando desconfias do mundo, quando chegas a pensar que estar sozinho é a melhor opção mas depois chega alguém, alguém que nunca te desiludiu e que faz de tudo para que mudes o que para ti está errado. sou uma pessoa que já caiu no mesmo erro várias vezes e que mesmo a ser avisada preferiu atirar-se para o "poço" outra vez por acreditar que por acontecer uma vez não iria acontecer na próxima e mesmo que não ganhes uma desilusão com a pessoa que estás á espera, irás ganhar com outra ou em relação qualquer situação na tua vida. mas sempre me ensinaram que é a arriscar que vemos e a errar é que aprendemos.
quando as coisas parecem dar resultado na tua vida, quando chegas a um ponto de felicidade extrema em que nada ou ninguém te afecta, lutas para que essa alegria permaneça mas quando tudo se vira do avesso e algo corre mal, choras e perdes-te por uns momentos até acabares por aprender a levantar a cabeça e a continuar a viver, a crescer. sendo tão nova, sei que há imensas coisas que tenho de aprender, e que são todas estas experiências que me fortalecem a cada dia que passa. em muitos obstáculos da minha vida, eu tropecei, eu falhei com pessoas que gostavam de mim, eu menti a mim mesma acerca do que queria e do que sentia e hoje apesar de ser ainda 'complicada', eu acredito que sou uma boa pessoa, tão boa que é raro encontrar alguém como eu e que me compreenda e mais nos dias de hoje. eu não entendo o que se passa com o pessoal de agora, eu até aos meus 16 anos saia ás 20h para um bar para estar á meia noite em casa, eu nunca apanhei uma bebedeira na minha vida, só tive um namorado até hoje, só dou paleio a rapazes que acho que valem a pena o meu tempo, que tenham conversas longas e decentes, que me saibam cativar, gosto de ser respeitada e de ter respeito por mim, sou estável em sentimentos, não gosto de deixar ninguém para trás e quando amo, amo a sério, quando me aproximo é para sempre, quando quero faço de tudo para ter e luto, luto por ter as melhores pessoas do mundo ao meu lado, todos os dias. mas hoje reflicto: hoje vejo raparigas e rapazes a sair quase todos os dias, com menos de 16 anos a fumar, a beber que nem um adulto, atiram-se a qualquer pessoa que vejam sem problemas nenhuns, dão paleio ao primeiro(a) que aparece, fazem coisas com vários(as) que eu só fiz com um, o 'para sempre' deles dura até encontrarem alguém melhor, há amizades tão boas que é só virar as costas e já estão a criticar, há 'amo-tes' que se repetem mais vezes do que a minha mãe a dizer 'vai arrumar o quarto', fazem figuras tristes em plena rua e lixam-se para quem lhes quer abrir os olhos, não acreditam no futuro, deixam os estudos para trás e preferem andar na merda do que ser alguém. não sei se sou eu que sou diferente e acho que isto nem sequer se deve á educação, deve-se sim ás influências. o meu pai sempre me disse que se precisasse de fumar, eu podia-lhe ir pedir um cigarro e fumar com ele e até á uns tempos atrás nunca agarrei no tabaco e quando fumei a primeira vez, os meus pais foram os primeiros a saber; não gosto de bebidas alcoólicas, sei-me divertir sem elas; gosto de sair uma vez por semana para ir beber um café e conversar com o meu/minha melhor amigo(a) e umas duas vezes por mês para irmos até uma discoteca e dançar um bocado; sou extremamente faladora e adoro conversas profundas e interessantes; gosto de conhecer bem alguém, de me aproximar quando acho que vale a pena, de admitir quando gosto de alguém e de lutar quando quero; só dou confiança a quem merece, tenho uma excelente relação com todos os meus amigos, e quando comecei a namorar os únicos homens que tinham a minha atenção era o meu pai, o meu namorado e o meu melhor amigo, deixava de responder a todos os outros, apaguei contactos, saia apenas com os amigos(as) mais próximos, dava mais valor a um dia a passear de mãos dadas do que um dia enfiada no quarto; quando prometo um 'para sempre' eu não falho e mesmo que haja distâncias ou o que seja, evito perder o contacto. sei que as aparências iludem e sei de trás para a frente o que muita gente pensa acerca da minha pessoa, que sou a rainha e uma convencida que pensa que é melhor que os outros e sabe demais, uma arrogante e uma falsa que só quer chamar a atenção; tudo bem, disso tiro a parte positiva porque eu ainda sei o que sou. o único defeito que ainda tenho é ter paciência a mais para esse tipo de pessoas, é acreditar e amar demais, é aproximar-me e não largar mais quem gosto, é lutar por ter o que quero comigo e quando digo que não sou como as outras, não, não sou mesmo e depois de entrar na tua vida verás que estou a dizer a verdade.

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