vinte anos a terminar, mais de vinte mil cabeçadas e vinte milhões de avisos que eu teimo a não ouvir. realmente só pode ser da idade e da inocência que eu achava que já tinha perdido, mas para continuar a bater nas mesmas teclas, a ter expectativas do mundo inteiro, a ser queridinha demais e blá blá blá, adivinha Rita? bota mais um aperto!
todos os dias eu me esforço para ser melhor: melhor pessoa, melhor profissional, melhor filha, melhor colega, melhor namorada, melhor amiga e no fim do dia onde estão as gratificações?
acho piada como é que não consigo arranjar solução para as minhas coisas mas os outros, seja amigos ou família apoiam-se em mim para eu por em pratica o meu lado de psicóloga competente.
eu agradeço, juro que agradeço por confiarem em mim, por quererem a minha opinião. por contarem comigo sempre que algo está errado, eu sinto-me mesmo bem por me quererem ali para ajudar, mas por amor de Deus, onde estão os momentos bons dos quais eu quase nunca faço parte?
a amiga não é só estar aqui de braços abertos com um lenço na mão para vos limpar as lágrimas, nem para dar sermão quando querem cometer loucuras ridículas ou a amiga não está cá só e unicamente para quando há problemas com a família ou com os namorados. a amiga está aqui todos os dias à espera que dêem uma noticia boa, à espera que contem novidades, à espera que me perguntem uma vez que seja a mim se estou bem, à espera que me dêem sinal de vida. a amiga não está propriamente aqui só e unicamente para aqueles momentos "vou falar com a Rita, ela sabe como me ajudar!" !
eu não sou a miss perfeição, também tenho a minha vida e claro os meus problemas, também não tenho mais a necessidade falar deles ao mundo todo como também evito falar deles a quem eu considero mais próximo porque sei que têm mais com que se ocupar e isso é uma decisão e um problema meu! o que quero dizer é que mesmo após toda a ajuda que dou, mais tarde tenho o discernimento de voltar a perguntar como estão as coisas e se está tudo bem e quando vou a ver adivinhe-se só: "está tudo bem e resolvido!", ó a sério? e tive de ser eu a perguntar senão nem nunca vinha a saber, aliás vinha, quando voltasse a haver algum problema e eu fosse necessária mais uma vez para opinar.
à uns anos atrás, independentemente de falsas ou verdadeiras, as amizades aos meus olhos estavam cá uns para os outros, para quando tudo estava torto, para quando havia relações estragadas, ou problemas familiares mas também para quando era para ir fazer porcaria juntos, tirar umas fotos, fazer umas palhaçadas e todos rirmos disso; hoje nem sei que nome dar a isto mas dispenso que me procurem só quando precisam porque pelo que vejo, quem faz mal é que recebe os louros e quem ajuda não recebe nada. amizade não é nem nunca foi ser egocêntrico ou interesseiro e sim humilde e reconhecer quem realmente tem valor nas nossas vidas!
21 de julho de 2015
assombrações
não vale a pena negar ou fingir, eu sei, eu sei que sou dramática, neurótica, insatisfeita, talvez organizada demais, carente demais, mimada também.
eu sei que sou insegura, desconfiada, louca, talvez controladora demais, pensativa demais, imaginativa também.
o mundo é hoje tão cheio de opções se não estivermos juntos, mas todas elas não me interessam porque eu poderia fazer 1001 coisas sem ti mas eu prefiro ver-te comigo inclusive porque tudo o que poderia fazer ou viver não faz sentido se não estiveres lá, sem essa presença inexplicável.
ás vezes sinto que não estás aqui, mesmo quando te vejo a meu lado. eu tento escrever uma vida mas detestas os meus rumos e regras e eu detesto o teu sono e a tua ausência ! eu detesto o teu riso forçado, o teu virar de costas e o fechar da porta com força, detesto os teus gritos a latejar na minha cabeça, detesto a tua falta de interesse por mim, pelo que te digo ou pelo que faço! detesto quando me deixas sozinha, quando não me deixas falar, explicar, gritar também o que sinto ou o que se passa, quando queria tanto que me resgatasses, me pegasses ao colo como me fazia o meu pai em criança, sem dizeres nada, pelo menos só para sentir que estás aqui.
e fico sozinha, enquanto na auto estrada da minha mente passa a 300km/h todos os medos. quando falo detesto quando tentas diminuir o volume do som ou mudar o canal, como se eu fosse algum programa desinteressante e aborrecido que está a passar na televisão, e eu penso: mas o problema sou eu ? devo ser directa demais, ou então tão carente que espero que o mundo inteiro me dê tanto quanto eu ofereço. não sou coitadinha nenhuma, sou uma miúda adulta que ainda não sabe lidar com uma porcaria chamada personalidade e pelos vistos nem os outros, nem tu. uma mistura de sarcasmo, inocência e quem sabe ás vezes um pouquinho de veneno também no meu sangue. um parasita a saltitar por aqui a pedir sempre mais e mais. mais atenção, mais compreensão, mais tudo ! porque não gosto de meios termos, ou é 8, ou 80.
eu sei que sou insegura, desconfiada, louca, talvez controladora demais, pensativa demais, imaginativa também.
o mundo é hoje tão cheio de opções se não estivermos juntos, mas todas elas não me interessam porque eu poderia fazer 1001 coisas sem ti mas eu prefiro ver-te comigo inclusive porque tudo o que poderia fazer ou viver não faz sentido se não estiveres lá, sem essa presença inexplicável.
ás vezes sinto que não estás aqui, mesmo quando te vejo a meu lado. eu tento escrever uma vida mas detestas os meus rumos e regras e eu detesto o teu sono e a tua ausência ! eu detesto o teu riso forçado, o teu virar de costas e o fechar da porta com força, detesto os teus gritos a latejar na minha cabeça, detesto a tua falta de interesse por mim, pelo que te digo ou pelo que faço! detesto quando me deixas sozinha, quando não me deixas falar, explicar, gritar também o que sinto ou o que se passa, quando queria tanto que me resgatasses, me pegasses ao colo como me fazia o meu pai em criança, sem dizeres nada, pelo menos só para sentir que estás aqui.
e fico sozinha, enquanto na auto estrada da minha mente passa a 300km/h todos os medos. quando falo detesto quando tentas diminuir o volume do som ou mudar o canal, como se eu fosse algum programa desinteressante e aborrecido que está a passar na televisão, e eu penso: mas o problema sou eu ? devo ser directa demais, ou então tão carente que espero que o mundo inteiro me dê tanto quanto eu ofereço. não sou coitadinha nenhuma, sou uma miúda adulta que ainda não sabe lidar com uma porcaria chamada personalidade e pelos vistos nem os outros, nem tu. uma mistura de sarcasmo, inocência e quem sabe ás vezes um pouquinho de veneno também no meu sangue. um parasita a saltitar por aqui a pedir sempre mais e mais. mais atenção, mais compreensão, mais tudo ! porque não gosto de meios termos, ou é 8, ou 80.
9 de julho de 2015
devaneios
perdi.me.
perdi-me entre caminhos e sentimentos cruzados aleatoriamente como um fio de uns auriculares arrumados, formaram-se sozinhos, tão confusos e voltei a encontrar-me. encontrei-me contigo, em ti.
ainda hoje não sei como o fiz, como tive toda a coragem de recuperar, de sorrir tanto. não sei como foi possível voltar a ser enganada, enfeitiçada mais uma vez. por loucura, atracção, carência talvez?
e meti-me a reler mensagens, rever fotografias, relembrar o flashback que passou por mim de rajada a obrigar-me a recuar no tempo por um bocadinho.
meu deus, como eu era tão inocente, adolescente sem pinga ás vezes de inteligência, a percorrer caminhos novos sem o mínimo do conhecimento, obrigada pela mente a seguir os trajectos do meu coração incerto. deixei-me ir ter contigo,apaixonar-me novamente, perder-me, libertar-me. e gostei de ti. gostei mesmo. merda, grande erro ! dos melhores erros que um dia cometi.
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