10 de novembro de 2016

4h50. 
desperto sobressaltada pelo teu rosto à minha frente ouvindo a tua doce voz a gritar comigo (...) por favor deixa-me dormir!
levanto-me.
é mais um dia em que as horas custam a passar, mais um dia em que todos os minutos são passados a olhar para o telemóvel e a cada toque que se ouve o coração aperta e dói, dói porque não és tu. porque não há sinal de ti.
sorrio, com vontade de explodir; trabalho, com vontade de sair; falo com vontade de estar calada.
e finalmente termina o dia no local onde ainda me consigo abstrair para chegar a casa e perder-me em memórias de conversas nossas, em sorrisos ao telefone pelas divisões, em saudades que não sabia de onde vinham. então enraiveço, meto-me aos berros sozinha pela casa, a sentir os nervos a queimar pelas veias, o corpo trémulo e uma confusão tremenda na cabeça.
continua, porque está a resultar; 
continua, porque me vais perder;
continua, espero que te orgulhes.



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