10 de setembro de 2010

(...) ficámos caladas como se tivesse tudo dito, tudo explicado até ao último promenor, como se não existisse meias palavras entre nós! disseste que tinhas de ir para casa e como um dia normal perguntei-te "já?" como se amanhã a rotina permanecesse igual, como se amanhã voltasses a pisar este chão e a voltar a ver-me mais uma vez! acompanhei-te até á porta já com o coração apertado e as lágrimas contidas nos olhos! nem um beijo me quiseste dar, tive de ser eu a pedir-te, logo de seguida abracei-te mas foi mais forte o querer virar-te as costas sem qualquer contacto. a partir daquele momento deixei de saber de ti, só de mim, só de todas as lágrimas que me percorriam a face e de todas as emoções inexplicáveis que senti!

o Guilherme ligou-me, só conseguia escutar a sua respiração em agonia e o soluçar do choro. perguntou-me o que iria ser de mim sem ti e eu nem lhe soube responder, só lhe disse que queria fugir, desaparecer! ele disse que iria ter muitas saudades tuas, que iria fazer de tudo para voltar a ver-te e que eu iria com ele ter contigo!

fiquei a pensar seriamente no que irá ser sem ti, pensar que te tinha somente a uns metros de mim, que te poderia dizer "preciso de ti" e tu em cinco minutos estavas comigo ao meu lado a acalmar-me, fiquei a pensar no quanto te poderia ter abraçado antes de te ver sair desta porta fora e agora parece-me que o tempo cá em casa parou. a minha mãe veio ter comigo ao quarto a dar-me força, a convencer-me que nos iríamos voltar a ver em breve e o meu pai sentou-se na cama comigo e disse "tem calma olha, o Brasil é já ali ao fundo" e eu sorri, devastada a preferir que o Brasil nem sequer existisse! mas tu tinhas de partir mais tarde ou mais cedo, é a tua vida! claro que era preferível amarrar-te com uma corda e prender-te ao armário e ficar aqui sempre a olhar para ti, a continuar a ver-te crescer e a estar ao teu lado.
sei que haverá muita gente com pena que vás mas com certeza ninguém estará tão "destruído" quanto eu que passei dez anos, 24 horas por dia contigo tanto para o bem como para o mal, tanto a rir como a chorar.


daqui a uns anos irei voltar a encontrar-te e com certeza que terás sempre a minha porta de casa aberta para a tua presença constante, tal como sempre permaneceu assim. nunca te esqueças, de mim, de ti, de nós e de tudo!♥ vou sentir a tua falta, mais que ninguém e quero que saibas que te amo como uma verdadeira irmã!
♥ de longe, hei-de amar-te sempre

7 comentários:

  1. oh meu amor, fizeste-me chorar. a natália é precisa aqui, ao pé de nós!
    adorei o texto mesmo

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  2. estou como a vera .
    conseguiste por-me de lágrima no olho e nó na garganta :'

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  3. Ao ler este texto , as lágrimas correram pelo rosto ! Li alto , e faltou-me o folgo . Está lindo , está verdadeiro .
    Adorei mesmo . Força !

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  4. lindoo

    adorei este texto
    e todos os outros

    tens muito jeito

    kiss
    =)

    p.s olha existe sempre volta...nunca a uma despedida...pensa antes que e um adeus que volta sempre...nao fiques triste ana

    bijus

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  5. Parabéns, mesmo ! Conseguis-te meter-me de lagrimas nos olhos, o texto está encantador e notasse o que estavas a sentir, perdi recentemente alguem muito importante, tambem. Ela volta.

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