"Ali estava ele. Tinha corrido tão rápido quanto os seus pulmões lhe permitiam. (...)
Ela estava demasiado longe. E no entanto, ainda sentia o sabor das mãos dela nos seus lábios. Agora que pensava nisso queria tê-la beijado. Como podia ser tão cobarde??? Tinha-a tido ali tão perto, a pele alva, as mãos pequeninas, o corpo quente, sedento, os lábios entreabertos, os olhos semi-cerrados enquanto lhe cravava a faca no coração...
Sabia que estava irremediavelmente perdido. Queria amá-la, queria tê-la (...) Não. Agora era demasiado tarde. (...) Porque não a tinha feito sua? E ela? Que tinha sido dele como nenhuma outra (...) Tropeçou e deixou-se cair, não tinha dito ao menos um adeus, nada!(...) Subitamente, elas vieram: as lágrimas. Invadiram-lhe o rosto, as mãos, a camisa, o peito... Tudo! Deixei-a, deixei-a (...) "Estou morto, que me importa o emprego???" - gritou ele, completamente louco de ausência, tomado por uma febre súbita, não podia, não podia deixá-la, ela era tudo para ele - "Que se foda tudo" - gemia ele totalmente entregue aos soluços que o varriam!
"ONDE ESTÁS???" - o desespero tomava-o e gritava pelas ruas como um demente. Nada fazia sentido, nada! Só ela, só a voz dela. O seu cheiro a jasmim!
E então o solo abriu-se numa fenda profunda e ele caiu, caiu num abismo sem fim. Quando finalmente se sentiu aterrar na relva molhada pensou estar no centro da terra, mas não, estava no centro de si mesmo.
Correu, correu, ela tinha de estar ali, ela era parte dele!
Porque não tinha ele coragem de lhe dizer? Porquê? Porque era cobarde? Se nada mais importava, só o sorriso dela.
Então ouviu, a ténue respiração, os cabelos negros a cairem-lhe na face, a esconderem-lhe os olhos grandes.
Aproximou-se devagar com medo que ela se desvanecesse à sua frente, o perfume a jasmim invadiu-o!
"Meu amor" - gemeu ele e deixou-se cair ao lado dela, as mãos nos ombros dela enquanto a puxava para si, mas ela não o ouvia, estava tão pálida, tão mortalmente pálida! "Não me deixes" - sussurrou-lhe ele e estreitou-a contra o peito enquanto a semeava de lágrimas. "Agora não, eu sou teu, ficarei aqui para sempre, enquanto me violas, me rasgas, me abres, é tudo o que desejo..."
Ela entreabriu os lábios, molhou-os com a ponta da língua e num suspiro vago sorriu-lhe e tocou-lhe o rosto. "Então voltaste?" e a pergunta exigia-lhe tanto esforço...
"Eu amo-te" - murmurou ele junto dos seus lábios! "EU AMO-TE!" - gritou ele desesperado. "Não morras, não agora!" e as lágrimas caiam-lhe pelo rosto, iam depositar-se nos seios dela.
"Eu sou teu..."
Segurou-lhe na mão e nela depositou-lhe a faca: "Corta-me amor, corta-me de novo, tatua-me com o teu nome, faz-me teu, diz qualquer coisa, mas não me deixes!"
Mas era tarde, é sempre tarde e ela deixou os olhos fecharem-se-lhe num último e derradeiro sonho!"
Ela estava demasiado longe. E no entanto, ainda sentia o sabor das mãos dela nos seus lábios. Agora que pensava nisso queria tê-la beijado. Como podia ser tão cobarde??? Tinha-a tido ali tão perto, a pele alva, as mãos pequeninas, o corpo quente, sedento, os lábios entreabertos, os olhos semi-cerrados enquanto lhe cravava a faca no coração...
Sabia que estava irremediavelmente perdido. Queria amá-la, queria tê-la (...) Não. Agora era demasiado tarde. (...) Porque não a tinha feito sua? E ela? Que tinha sido dele como nenhuma outra (...) Tropeçou e deixou-se cair, não tinha dito ao menos um adeus, nada!(...) Subitamente, elas vieram: as lágrimas. Invadiram-lhe o rosto, as mãos, a camisa, o peito... Tudo! Deixei-a, deixei-a (...) "Estou morto, que me importa o emprego???" - gritou ele, completamente louco de ausência, tomado por uma febre súbita, não podia, não podia deixá-la, ela era tudo para ele - "Que se foda tudo" - gemia ele totalmente entregue aos soluços que o varriam!
"ONDE ESTÁS???" - o desespero tomava-o e gritava pelas ruas como um demente. Nada fazia sentido, nada! Só ela, só a voz dela. O seu cheiro a jasmim!
E então o solo abriu-se numa fenda profunda e ele caiu, caiu num abismo sem fim. Quando finalmente se sentiu aterrar na relva molhada pensou estar no centro da terra, mas não, estava no centro de si mesmo.
Correu, correu, ela tinha de estar ali, ela era parte dele!
Porque não tinha ele coragem de lhe dizer? Porquê? Porque era cobarde? Se nada mais importava, só o sorriso dela.
Então ouviu, a ténue respiração, os cabelos negros a cairem-lhe na face, a esconderem-lhe os olhos grandes.
Aproximou-se devagar com medo que ela se desvanecesse à sua frente, o perfume a jasmim invadiu-o!
"Meu amor" - gemeu ele e deixou-se cair ao lado dela, as mãos nos ombros dela enquanto a puxava para si, mas ela não o ouvia, estava tão pálida, tão mortalmente pálida! "Não me deixes" - sussurrou-lhe ele e estreitou-a contra o peito enquanto a semeava de lágrimas. "Agora não, eu sou teu, ficarei aqui para sempre, enquanto me violas, me rasgas, me abres, é tudo o que desejo..."
Ela entreabriu os lábios, molhou-os com a ponta da língua e num suspiro vago sorriu-lhe e tocou-lhe o rosto. "Então voltaste?" e a pergunta exigia-lhe tanto esforço...
"Eu amo-te" - murmurou ele junto dos seus lábios! "EU AMO-TE!" - gritou ele desesperado. "Não morras, não agora!" e as lágrimas caiam-lhe pelo rosto, iam depositar-se nos seios dela.
"Eu sou teu..."
Segurou-lhe na mão e nela depositou-lhe a faca: "Corta-me amor, corta-me de novo, tatua-me com o teu nome, faz-me teu, diz qualquer coisa, mas não me deixes!"
Mas era tarde, é sempre tarde e ela deixou os olhos fecharem-se-lhe num último e derradeiro sonho!"
(de longe, das coisas mais emocionantes que já li!)
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