21 de abril de 2011


Há momentos em que te quero dizer que a dor é demasiado real para ser apenas alucinação. Há momentos em que te quero abraçar e pedir que fiques comigo, que fiques aqui!
As minhas lágrimas já nem sequer descem pelos meus olhos, desaprenderam esse hábito e agora limitam-se a habitar na minha garganta, limitam-se a formar um nó dentro de mim e criar a pior sensação do mundo. Há momentos em que te quero dizer que sinto a tua falta e de tudo o que habituas-te a minha pele e a minha vida. Outros apenas quero ficar a ouvir o silêncio e ficar de olhos fechados a esquecer, a esquecer TUDO! E tento, tento em vão esquecer o teu rosto, a tua voz e tudo o que me assombra de ti.
Sei que isto vai acabar seja quando for e demore o tempo que demorar, isto vai terminar, tudo o que me magoa, tudo o que me destrói vai apodrecer e sim, vai demorar, sabe Deus o quanto. E repito-o para quem tenho de o dizer, como se fosse de ferro, sorrio e ainda afirmo que vou ficar bem quando o que está neste momento a acabar sou eu, neste silêncio que tenho de suportar, eu é que acabo por trás deste ar confiante e feliz e as lágrimas, lágrimas essas que já nem sequer sei chorar, lágrimas que escorrem apenas na voz.
Há momentos em que quero mesmo dizer que te amo e ainda estou a tentar perceber porque é que essa é a única certeza que tenho no meio desta merda toda (...)

Inspirado no texto de Fairy_morgaine

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