29 de abril de 2011


E vi-te hoje, fraca e sem reação a olhares para mim de uma maneira estranha como se estivesses a pedir ajuda. Tentaste-te levantar e deitares-te no meu peito mas mais uma vez não foste capaz, o teu corpo não permitiu e cais-te de uma forma rápida e pesada. chorei, nada doeu mais do que ver-te a morrer á minha frente, a olhares para mim, a tentar fazer um esforço para sobreviveres! Deitei-te ao meu lado, e adormeci.
Eram 5 da manhã, acordei e não estavas lá. Vim dar contigo deitada no tabuleiro da areia, nem para isso já tinhas força e sempre que tentavas via-te a bater com a cabeça mais uma vez no chão, corri para ti e peguei-te ao colo, deitei-te na cama e fiz o que pude para te alimentar pois já nem isso conseguias. Estavas a piorar, o teu corpo já frio paralisou e a unica coisa que conseguias mexer eram os olhos e eu mais uma vez desfis-me a chorar e deitei-te no meu peito quando a minha mae acordou e deparou comigo assim em plenas 5h30. Foi ver como estavas e olhou para mim e disse "ela está fria, vai acabar por morrer, está por horas" e mais uma vez olhei para ti e pedi-te "por favor, não me deixes assim" e tu gemes-te, de maneira fraca e triste já com o coração a mil como se percebesses cada letra. Despi a camisola e coloquei-te em cima da barriga embrulhada aos cobertores ainda quentes, não te ia deixar assim gelada, ia ficar contigo fosse como fosse, já não dormia á horas e queria estar ali. Resistis-te, até ás 9, até te levar finalmente onde te poderiam tratar, estás agora sozinha a soro a lutares para voltares para casa e eu só espero que venhas, forte e saudavel. és das melhores coisas que tenho, mas por amor de deus não me deixes assim, não agora! :c

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