25 de junho de 2012


saio de casa e respiro o agradável vento de verão, sinto-te perto como se fosses o ar quente que me rodeia e drogo-me em ti mesmo sem estares perto, revirando os olhos de loucura, arrepiando-me ao imaginar o teu toque. encosto-me á parede e fecho os olhos, escutando música aos berros e transporto-me para outro mundo, para outra vida, mais feliz, mais calma, mais simples. e continuas em todas em que imagino estar. sorris e quando dou por mim estou a sorrir também. há coisas que ainda tenho para te dizer, que não podem jamais ser escritas ou lidas e com tanta coisa para dizer, acabo por não abrir a boca porque a coisa que quero é não falar, o que preciso é de sentir, mais uma outra vez. e faço isso todos os dias, mesmo sem estares aqui, porque as memórias são mais reais do que imaginei ser possível, elas trazem-me todas as sensações passadas ao presente e é delas que me alimento sempre que preciso de ti. quando me apercebo, estou triste, agustiada, com saudades, estou com tudo menos contigo.
fecho os olhos e esta é a minha vida real: escura, arrepiante, assustadora, sem luz, sem esperança, sem ti.

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