é em noites como esta em que me dá vontade de me deitar e afogar-me nas minhas lágrimas e sufocar nos meus soluços. tenho á frente tantas opções e não entendo qual é a melhor. eu termino sempre sozinha seja de que modo for e nunca por opção mas sim porque toda a gente decide ir embora e deixar-me pelo caminho. cheguei a amar tanto que perdoei todas as trocas e todas as mentiras, amei tanto que planeei toda a minha vida ao lado daquela pessoa, amei tanto que acabei por ser trocada, humilhada, destroçada.
eu não procurei e por não procurar apareceste-me tu e impressionante como era para ser amizade mas acabei por me apaixonar. sinto a tua falta, a prender-me contra o teu corpo, sinto falta do teu perfume, da tua voz, das tuas palavras e não te ter ao meu lado mata-me todos os dias mais um pouco. é pena chegar á conclusão que provavelmente não significou nada para ti e choro ao ler todas as mensagens e todas as palavras que me enviaste e que apesar de promessas e declarações tu estás a desviar-te da minha vida como todas as outras pessoas que mais amei. quanto mais depressa esquecer e ignorar, quanto mais quero fazê-lo com todas as minhas forças há mais alguém. mais alguém que não sei como nem porquê me mete a reflectir sobre tudo o que está a acontecer, mais uma pessoa que falando comigo normalmente me faz sorrir e esquecer a merda que me estás a fazer mas que depois diz coisas que me disseste e eu fico sem saber como responder, como reagir, como me aguentar. tento convencer-me que tenho alguém que fará tudo por mim, que pelo menos alguém me dirá tudo o que me dizem agora e cumprem, mostram-no e não mentem. e em todas as palavras eu me deixo levar e confundem-me os meus caminhos. então interrogo-me, qual deles será o melhor? eliminei o caminho sem saída das minhas opções, um caminho que já não vou voltar a seguir tão cedo, que se encheu de pedras e de sangue de tanta dor que me provocou. agora tenho mais três: esperar num e não valer de nada; entrar num desconhecido e volto a esquecer os restantes ou volto a tentar caminhar por aquele que nunca cheguei a meio, aquele em que fico sozinha comigo e com a minha vida, em que ignoro todas as tentativas de aproximação e que choro todos os dias com saudades. há gente que me está a trocar tanto as voltas, de tal maneira que já não sei distinguir quem preciso de quem quero, quem me fará bem ou mal, quem será o certo ou errado e eu preciso tanto, preciso tanto de alguém comigo que me dê o devido valor.
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